O artigo tem como objetivo principal problematizar as representações infantis, vinculadas ao que nomeamos de infância verde, postas em circulação a partir de publicações do site Catraquinha que é endereçado a pais, mães, responsáveis e educadoras/es. Para empreender as análises foram selecionadas 91 matérias publicadas entre junho e dezembro de 2016, cujos títulos continham as palavras infância(s) e ou criança(s). A partir do campo teórico dos Estudos Culturais em Educação, de viés pós-estruturalista, as análises centraram-se na discussão a respeito do forte apelo em estabelecer relação entre crianças e natureza, com o intuito de produzir sujeitos consumidores de uma ideia “verde”: como o uso de tecnologias sustentáveis, produtos orgânicos e uma vida saudável.
The main goal of the article is to problematize the children's representations, linked to what we call green childhood, put into circulation from the website Catraquinha which is addressed to parents, mothers, caregivers and educators. In order to undertake the analyzes, 91 articles were published between June and December 2016, whose titles contained the words childhood(s) and/or child(ren). From the theoretical field of Cultural Studies in Education, with a post-structuralist bias, the analyzes centered on the discussion about the strong appeal to establish a relationship between children and nature, with the aim of producing subjects consumers of a "green" idea : such as the use of sustainable technologies, organic products and a healthy life.
El artículo tiene como principal objetivo problematizar las representaciones infantiles vinculadas con lo que llamamos «infancia verde», las cuales fueron difundidas en publicaciones del sitio web Catraquinha, dirigido a padres, madres, responsables y educadoras/es. Para comenzar los análisis, se seleccionaron 91 artículos publicados entre junio y diciembre de 2016, cuyos títulos contenían las palabras infancia(s) o niño(s). A partir del campo teórico de los Estudios Culturales en Educación, de carácter posestructuralista, los análisis se centraron en la discusión sobre la necesidad de establecer una relación entre los niños y la naturaleza, con el propósito de generar individuos consumidores de una idea «verde»: como el uso de tecnologías sustentables, el consumo de productos orgánicos y el goce de una vida sana.