CURRÍCULO COMUM PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE BAURU-SP: em busca da articulação entre conteúdo e forma

Ano: 2018 | Volume: 11 | Número: 2

Autores: Silvana Galvani Claudino-Kamazaki; Flávia da Silva Ferreira Asbahr; Afonso Mancuso de Mesquita

Palavras-chave: Currículo. Educação Escolar. Psicologia. Pedagogia.

Resumo Português:

O currículo se constitui como uma ferramenta de luta e resistência política e social em defesa de uma educação gratuita, crítica, laica e de qualidade que promova, para além da aparência, o desenvolvimento psíquico esocialdos(as) estudantes. Sob esta perspectiva, este artigo traz uma breve retrospectiva da construção coletiva do Currículo Comum de Ensino Fundamental de Bauru (SP), caracterizado como um processo democrático de reflexão e elaboração de um currículo dotado de um posicionamento político de defesa da educação como propulsora do desenvolvimento humano e da escola como o local legítimo para o ensino das formas mais elaboradas de ciência, arte e filosofia, a fim de possibilitar a emancipação humana. Com base nestes pressupostos teóricos da Psicologia Histórico-Cultural, da Pedagogia Histórico-Crítica e do esclarecimento sobre o que ensinar, problematiza a finalidade do ato educativo -para quê ensinar –com vistas à unidade conteúdo-forma, destacando a transformação das consciências pela via do desenvolvimento do pensamento teórico e da organização dos coletivos infantis. Por fim, elenca alguns desafios para a materialização, na prática pedagógica, de um currículo dessa natureza, enfatizando a necessidade de instrumentalização da atividade docente nesta perspectiva, ou seja, a necessidade de viabilizar a apropriação dos conteúdos do currículo que possibilite a articulação entre teoria e prática com vistas à humanização dos atores escolares, finalidade última de um currículo fundamentado nesta perspectiva teórica.

Resumo Inglês:

 

The curriculum is a tool of struggle and political and social resistance in defense of a free, critical, secular and quality education that promotes, in addition to appearance, the psychic development of social students. From this perspective, this article brings a brief retrospective of the collective construction of the Common Curriculum of Elementary Education in Bauru (SP), characterized as a democratic process of reflection and elaboration of a curriculum with a political positioning for the defense of education as a driver of development and the school as the legitimate place for teaching the most elaborate forms of science, art and philosophy, in order to enable human emancipation. Based on these theoretical assumptions of Historical-Cultural Psychology, Historical-Critical Pedagogy and clarification about what to teach, it questions the purpose of the educational act -for what to teach-with a view to the content-form unity, highlighting the transformation of consciences by the way the development of theoretical thinking and the organization of children's collectives. Finally, it lists some challenges for the materialization, in the pedagogical practice, of a curriculum of this nature, emphasizing the need to instrumentalize the teaching activity in this perspective, that is, the need to enable the appropriation of the contents of the curriculum that enables the articulation between theory and practice with a view to the humanization of school actors, the ultimate purpose of a curriculum based on this theoretical perspective.

Resumo Espanhol:

El currículo se constituye como una herramienta de lucha y resistencia política y social en defensa de una educación gratuita, crítica, laica y de calidad que promueva, además de la apariencia, el desarrollo psíquico y social de los estudiantes. En esta perspectiva, este artículo trae una breve retrospectiva de la construcción colectiva del Currículo Común de Enseñanza Primaria de Bauru (SP), caracterizado como un proceso democrático de reflexión y elaboración de un currículo dotado de un posicionamiento político de defensa de la educación como propulsora del desarrollo humano y de la escuela como el lugar legítimo para la enseñanza de las formas más elaboradas de ciencia, arte y filosofía a fin de posibilitar la emancipación humana. Con base en estos presupuestos teóricos de la Psicología Histórico-Cultural, de la Pedagogía Histórico-Crítica y del esclarecimiento sobre lo que enseñar, problematiza la finalidad del acto educativo -para qué enseñar -con vistas a la unidad contenido-forma, destacando la transformación de las conciencias por la vía del desarrollo del pensamiento teórico y de la organización de los colectivos infantiles. Por último, plantea algunos desafíos para la materialización, en la práctica pedagógica, de un currículo de esa naturaleza, enfatizando la necesidad de instrumentalización de la actividad docente en esta perspectiva, o sea, la necesidad de viabilizar la apropiación de los contenidos del currículo que posibilite la articulación entre teoría y práctica con miras a la humanización de los actores escolares, finalidad última de un currículo fundamentado en esta perspectiva teórica.