Entendendo que a educação não é neutra, e que, por si só, não tem a capacidade de encarar os problemas sociais existentes sem a tomada de uma posição positiva e afirmativa por parte dos agentes envolvidos na construção do currÃculo, já que este, por sua vez, tem um caráter polÃtico, social e de relações de poder, percebeâ€se a influência que o mesmo pode ter ou efetuar sobre as polÃticas e os processos educativos, agindo como reprodutores ou transformadores da realidade. As ações afirmativas para adentro dos muros da educação formal se tornam inviáveis se, em suas dimensões, os processos educacionais não forem estabelecidos em currÃculos com perspectivas multiculturais. Assim, percebeâ€se que, as perspectivas curriculares multiculturais trazem para as ações afirmativas, a possibilidade de concretização dos seus objetivos, além do fato de não só legitimar o acesso de minorias de grupos, como também ratificar e favorecer a permanência e o auxÃlio a tais minorias.