CURRÍCULO E RESISTÊNCIA ATIVA: a luta político-pedagógica das escolas do campo nos assentamentos e acampamentos do MST –Paraná

Revista Espaço do Currículo

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

CURRÍCULO E RESISTÊNCIA ATIVA: a luta político-pedagógica das escolas do campo nos assentamentos e acampamentos do MST –Paraná

Ano: 2021 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: Valter de Jesus Leite; Juliana Aparecida Poroloniczak
Autor Correspondente: Valter de Jesus Leite | [email protected]

Palavras-chave: Currículo. MST. Educação do Campo. BNCC. CREP.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O trabalho aborda a luta política no âmbito curricular empenhada pelas Escolas de Assentamentos e Acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -MST organizadas em Ciclos de Formação Humana com Complexos de Estudo contra a imposição da padronização curricular representada pela Base Nacional Comum Curricular -BNCC e pelo Currículo da Rede Estadual do Paranaense -CREP. É resultado de pesquisa bibliográfica, legal (marcos regulatórios) e documental, assim como de vivência prática dos autores no trabalho com as escolas. Trazemos a concepção de Educação do Campo e a materialidade de sua origem e vínculo, a concepção de currículo e a incidência da Pedagogia do Capital na elaboração e definição da BNCC e do CREP como expressão do mercado. Discorremos sobre elementos da trajetória de elaboração curricular da educação do MST, explicitando dimensões da organização curricular por Ciclos de Formação Humana com Complexos de Estudo. Refletimos sobre os impactos iniciais na organização curricular traduzidapela imposição do CREP e como os coletivos escolares têm se movimentado coletivamente para fazer a resistência ativa. Destacamos que a experiência evidencia por meio da articulação das diferentes dimensões curriculares a amplitude estruturante para a prática curricular que transcendem ao ensino livresco e verbalista, por meio da relação do uso de conceitos, categorias e procedimentos das diferentes ciências e artes na relação com a realidade e conectada as matrizes pedagógicas do trabalho, da cultura, da organização coletiva, da história e da luta social para constituir pilares de resistência ativa contra a ingerência das políticas curriculares hegemônicas.



Resumo Inglês:

The work addresses the political struggle in the curricular scope committed by the Schools of Settlements and Camps of the MST organized in Human Formation Cycles with Study Complexes against the imposition of curricular standardization represented by National Common Curricular Base -BNCC and Curriculum of Paraná State Network -CREP. It is the result of bibliographic, legal (regulatory frameworks) and documentary research, as well as practical experienceof authors in working with schools. We approach the conception of Field Education and the materiality of its origin and bond, the concept of curriculum and the incidence of Capital Pedagogy in the elaboration and definition of BNCC and CREP as an expression of the market. We discuss elements of the trajectory of curricular elaboration of MST education, explaining dimensions of the curricular organization by Human Formation Cycles. We reflect on the initial impacts on the curricular organization translated by the imposition of the CREP and how school collectives have been moved collectively to make the resistance active. We highlight that the experience, evidences through the articulation of the different curricular dimensions the structuring amplitude for curricular practice that transcend bookish and verbalist teaching, through the relationship of the use of concepts, the pedagogical matrices of work, culture, collective organization, history and social struggle categories and procedures of the different sciences and arts in relation to reality and connected to constitute pillars of active resistance interference of hegemonic curriculum policies.



Resumo Espanhol:

El trabajo aborda lalucha política en el ámbito curricular comprometido por las Escuelas de Asentamientos y Campamentos del MST organizados en Ciclos de Formación Humana con Complejos de Estudio contra la imposición de estandarización curricular representada por Plan de estudios nacional de base común -BNCC y Currículum de la Red Estatal Paranaense -CREP. Es el resultado de una investigación bibliográfica, legal (marcos regulatorios) y documental, así como de la experiencia práctica de los autores en el trabajo con escuelas. Aportamos el concepto de Educación del campo y la materialidad de su origen y vínculo, el concepto de currículo y la incidencia de la Pedagogía del Capital en la elaboración y definición de BNCC y CREP como expresión del mercado. Hablamos de elementos de la trayectoria de desarrollo curricular de educación del MST, explicando dimensiones de la organización curricular por Ciclos de Formación Humana con Complejos de Estudio. Reflexionamos sobre los impactos iniciales en la organización curricular reflejados por la imposición del CREP y cómo los grupos escolares se han movido colectivamente para hacer una resistencia activa. Destacamos que la experiencia, a través de la articulación de las diferentes dimensiones curriculares, muestra la amplitud estructurante de la práctica curricular que trasciende la enseñanza libresca y verbal, a través de la relación del uso de conceptos, categorías y procedimientos de las diferentes ciencias y artes en relación a la realidad y conectó las matrices pedagógicas del trabajo, la cultura, la organización colectiva, la historia y la lucha social para constituir pilares de resistencia activa frente a la injerencia de las políticas curriculares hegemónicas.