CURRÍCULO, IDENTIDADE E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: A ESCOLA MEDIANDO AS FRONTEIRAS DA IN/EXCLUSÃO

Série-Estudos

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ISSN: 2318-1982
Editor Chefe: José Licínio Backes
Início Publicação: 12/06/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

CURRÍCULO, IDENTIDADE E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: A ESCOLA MEDIANDO AS FRONTEIRAS DA IN/EXCLUSÃO

Ano: 2020 | Volume: 25 | Número: 54
Autores: Cristiane Bartz de Ávila, Álvaro Moreira Hypolito
Autor Correspondente: Cristiane Bartz de Ávila | [email protected]

Palavras-chave: currículo; identidade; relações étnico-raciais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem como foco analisar fatores que podem influenciar o currículo escolar para uma educação crítica, no sentido de mediar as fronteiras da in/exclusão em relação às questões étnico-raciais. Delineia um breve histórico sobre as relações desiguais que permearam o período colonial e pós-colonial no Brasil, com evidência para a luta dos africanos e afro-brasileiros, no sentido de busca de uma condição de escolarização, a fim de uma inserção social. São chamados alguns autores que contribuíram na sociologia da educação para os debates em torno da categoria currículo. A intenção foi partir de breves descrições de seus pensamentos, destacar as teorias críticas e pós-críticas e sua relação com respeito ao papel da escola na sociedade. A partir daí, o artigo debate o porquê de algumas legislações serem cumpridas ou não. Quais interesses e relações de poder permeiam o currículo escolar? Por que uma lei inclusiva como a 11.645/2008 não consegue estar presente de forma efetiva no currículo escolar? Questões sobre performatividade e gerencialismo nos ajudam a pensar sobre a problemática levantada. Por fim, o texto encaminha como alternativa a ideia de microrresistências ao poder instituído, em que uma pedagogia culturalmente relevante pode ser uma das formas para que a escola medeie as fronteiras entre a in/exclusão. 



Resumo Inglês:

The present work focuses on analyzing factors that can influence the school curriculum for a critical education, in order to mediate the frontiers of in/exclusion concerning ethnicracial issues. It outlines a brief history of the unequal relations that permeated the colonial and postcolonial period in Brazil, with evidence for the struggle of Africans and Afro-Brazilians toward a better condition of schooling to a social inclusion. Some authors of the sociology of education are called to contribute to the debates around the curriculum. The intention was to start from brief descriptions of their thoughts, to highlight critical and post-critical theories and their relationship for the role of school in society. From there, the article discusses the reason some legislations are fulfilled or not. What interests and power relations permeate the curriculum? Why cannot an inclusive law such as 11.645/2008 be effectively present in the curriculum? Questions about performativity and managerialism help us to think about the problem raised. Finally, the text proposes as an alternative the idea of micro-resistances to established power, in which a culturally relevant pedagogy can be one of the ways for the school to measure the boundaries between inclusion/exclusion.



Resumo Espanhol:

El presente trabajo tiene como foco de análisis factores que poden influenciar el currículum escolar para una educación crítica, en el sentido de mediar las fronteras de la in/ exclusión con relación a las cuestiones étnico-raciales. Delinea un breve resumen histórico sobre las relaciones que se presentaban en el período colonial y el poscolonial en Brasil, con evidencia para la lucha de los africanos y los afrobrasileños en la búsqueda de una mejor condición de escolarización para la inserción social. Algunos autores de la sociología de la educación son llamados para el debate en torno del currículum. La intención fue, a partir de breves descripciones de sus pensamientos, destacar las teorías críticas y proscriticas con relación al papel de la escuela y de la sociedad. A partir de este punto, el artículo debate por qué se cumplen o no algunas leyes legislativas. ¿Cuáles son los intereses y las relaciones de poder que permean el currículum escolar? ¿Por qué una ley inclusiva como la 11.645/2008 no está presente de forma efectiva en el currículum escolar? Cuestiones sobre performatividad y gerencialismo pueden ser relevantes para esta problemática. Por fin, o texto indica como alternativa la idea de micro resistencias al poder institucionalizado, de modo que una pedagogía cultural relevante puede ser una de las alternativas para que la escuela haga la mediación de las fronteras entre la inclusión y la exclusión.