O artigo parte da compreensão de queescolas são espaços de produção de conhecimentos, sentidos e valores que tensionam a hegemonia na produção dos currículos. Compartilha do entendimento de que os saberes docentes produzem e operam redes de fazeressaberes que se constituem ao longo das trajetórias e em múltiplos contextos com os quais nos tornamos professores. Traz para a discussão resultados de pesquisa articulada a um projeto de extensãorealizado com professores da Educação Básica –Anos Iniciais do Ensino Fundamental –em escolas de rede pública de dois municípios do Rio de Janeiro. Através do trabalho com narrativas docentes discute a contribuição da produção de práticas formativas e curriculares mais solidárias e democráticas como formas de resistências a partir do cotidiano das escolas, produzindo conhecimentos que contribuam com uma formação de professores comprometida com a justiça cognitiva e social. A partir da pesquisa, se discutem caminhos teórico-metodológicos com os currículos, problematizados em processos de formação coletivos com os professores e pensados diante das imprevisibilidades, heterogeneidades e complexidade dos cotidianos escolares. Dentre os métodos priorizados para o desenvolvimento da pesquisa, adotamos estratégias de estudo e intervenção que incluem rodas de conversa e produção de narrativas (escritas e orais) que trazem à tona as redes de produção de saberes entre os professores.O estudo dos processos vividos pelo coletivo através das narrativas permitiu perceber que compreensões iniciais relacionadas às visões mais hegemônicas de currículo e mesmo mais influenciadas pelo conservadorismo passaram a ser colocadas sob suspeita e discutidas na medida em que se tornaram mais evidentes para os professores. Com isso, consideramos que as narrativas contribuíram para o mapeamento das produções curriculares, bem como de suas afiliações epistemológicas, mobilizando a produção de interrogações e o pensar coletivo das alternativas como processo de formação contínuo.
The article assumes that schools are spaces for producing knowledge, meanings and values which challenge the hegemony in curriculumproduction. It shares the understanding that school knowledges produce and operate networks for action and knowledge which are constitited throughout the trajectories and in multiple situations by which we become teachers. It brings awareness to the results of a research articulated with an extension project made with Basic education teachers -who teach elementary school -in public schools of two Rio de Janeiro towns. Through working with scholar narratives, it debates on the contribution of producing more solidary and democratic construction practices as forms of resistance based upon the schools' daily routine, producing knowledge which contributes to the training of teachers committed to social, cognitive justice.Based upon the research, it discusses theorical-methodological paths for the curriculum, problematized through collective training processes with teachers and developed before the unlikeabilities, common denominators and complexity of schools' daily routines. Amongst the methods prioritized forresearch development, we have adopted strategies of study and intervention which include debate circles and production of narratives (written and oral) which raise the network for knowledge production amongst teachers.
El artículo asume que las escuelas son espacios de producción de conocimientos, significados y valores que desafían la hegemonía en la producción curricular. Comparte el entendimiento de que los conocimientos escolares producen y operan redes de acción y conocimiento que se constituyen a lo largo de las trayectorias y en las múltiples situaciones en las que nos convertimos en maestros. Da a conocer los resultados de una investigación articulada con un proyecto deextensión realizado con docentes de educación básica -que imparten primaria-en escuelas públicas de dos localidades de Río de Janeiro. A través del trabajo con narrativas académicas, se debate sobre la contribución de producir prácticas de construcción más solidarias y democráticas como formas de resistencia basadas en el día a día de las escuelas, produciendo conocimientos que contribuyan a la formación de docentes comprometidos con la justicia social y cognitiva. investigación, discute trayectorias teórico-metodológicas para el currículo, problematizadas a través de procesos de formación colectiva con docentes y desarrolladas ante las desigualdades, denominadores comunes y complejidad de la rutina diaria de las escuelas. Entre los métodos priorizados para el desarrollo de la investigación, se han adoptado estrategias de estudio e intervención que incluyen círculos de debate y producción de narrativas (escritas y orales) que elevan la red de producción de conocimiento entre los docentes.