O artigo apresenta uma pesquisa realizada sobre a execução do Curso de Agricultor Familiar, ministrado em diferentes municípios do entorno do Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Augusto, nos anos de 2013 e 2014, com o objetivo de identificar suas características e possíveis aproximações com a Educação Popular e a Educação do Campo. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica e documental de caráter qualitativo. Partimos da hipótese que, para que os cursos executados por instituições públicas atendam aos objetivos da Educação Popular e da Educação do Campo, deve haver articulação entre a Extensão e os trabalhadores do campo envolvidos. Orientamos nossas análises a partir das seguintes perguntas: há referenciais teóricos no Projeto Pedagógico que indicam um compromisso com a Educação Popular? O que se pode extrair do Projeto em relação às demandas da Educação do Campo? Por fim, qual o caráter e o alcance do envolvimento institucional do Campus com os agricultores familiares, através do Departamento de Pesquisa e Extensão e dos projetos de extensão? Identificamos limitações da Extensão frente às necessidades de diálogo com trabalhadores do campo e aspectos progressistas no espaço de formação básica do Projeto Pedagógico do Curso, que possibilitaram reflexões em aula.