Ensinar e aprender Matemática na escola engendra grandes desafios de modo que a busca por abordagens alternativas muitas vezes se faz presente. Diversas podem ser as exigências. Tornar a Matemática um componente importante na construção da cidadania crítica pode ser uma delas. Pretende-se nesse texto, de cunho teórico, abordar e discutir elementos da Educação Matemática Crítica (EMC) que podem servir de fomento à crítica e à reflexão tanto no sentido de subsidiar o docente a ser um agente crítico-reflexivo de sua própria prática pedagógica quanto, concomitantemente, dos estudantes frente ao papel da matemática na sociedade e à sua própria aprendizagem para além do que a tradição nas aulas de matemática tem permitido. Imersos nesse propósito fizemos uma incursão pela literatura relativa à EMC perpassando desde aspectos filosóficos até elementos da prática para o ensino e aprendizagem na sala de aula. Destacadamente, percebemos como resultados que o próprio saber matemático deve ser questionado, que o paradigma do exercício não possui neutralidade e que há mecanismos de enfrentamento aos desafios e preocupações colocados. Conclui-se que a EMC nos provê elementos tanto para questionar o modus operandi da tradição na Educação Matemática quanto para um fazer pedagógico que privilegie tais questionamentos.
Teaching and learning Mathematics in school demands great challenges. This way, the search for alternative approaches is often necessary. Requirements can be diverse. Then, making Mathematics an important component in building critical citizenship can be one of those needs. In this theoretical text we intend to bring up and discuss elements of Critical Mathematics Education (CME) that can serve as a stimulus to the criticism and reflection both of students facing the role of mathematics in society and their own learning beyond the tradition in mathematics classes has allowed as much as in the sense of subsidizing the teacher to be a critical reflective agent of his own pedagogical practice. In this regard, we consider the literature on CME, ranging from philosophical aspects to elements for teaching and learning practice development in the classroom. We perceive as results that mathematical knowledge itself must be questioned, that the exercise paradigm has no neutrality and that there are mechanisms to face the challenges and concerns posed. We conclude that CME provides us with elements both to question the modus operandi of the tradition in Mathematics Education and to a pedagogical approach that favors such questions