Este relato de experiência parte da ideia de deaf gain, desenvolvida pelos Estudos Surdos, para pensar em estratégias de educação visual no ambiente escolar. A partir da reformulação da surdez enquanto forma de diversidade sensorial e cognitiva, buscamos refletir de que forma a educação escolar de pessoas surdas pode ser potencializada através do uso das imagens em movimento. Afinal, sabemos que a “competência para ver” não é algo inato e pode ser aperfeiçoada através do uso das tecnologias visuais. Para tanto, utilizamos a exibição do curta de animação Fazendeiro, do diretor espanhol Albert Mielgo, em uma aula de Filosofia do 1º ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Educação de Surdos – CAp/INES, para proporcionar uma vivência pedagógica centrada na linguagem cinematográfica e que também servisse de ponto de partida para a discussão de temas de grande relevância em nossa sociedade.
This experience report starts from the idea of deaf gain, developed by Deaf Studies, to think about visual education strategies in the school environment. From the reformulation of deafness as a form of sensory and cognitive diversity, we reflect on how the school education of deaf people can be enhanced through the use of moving images. After all, we know that the “competence to see” is not something innate and can be improved through the use of visual technologies. To do so, we used the exhibition of the animated short film Farmer, by the Spanish director Albert Mielgo, in a Philosophy class of the 1st year of High School at the Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Educação de Surdos – CAp/INES, to provide a pedagogical experience centered on in cinematographic language and which also serves as a starting point for the discussion of topics of great relevance in our society.