DEBATE: Integração de estudantes portadores de Deficiência Auditiva no ensino superior: alguns dados de caraterização e de intervenção

Revista Espaço

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ISSN: 25256203
Editor Chefe: Wilma Favorito
Início Publicação: 31/12/1989
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar

DEBATE: Integração de estudantes portadores de Deficiência Auditiva no ensino superior: alguns dados de caraterização e de intervenção

Ano: 2000 | Volume: Especial | Número: 13
Autores: Vitor da Fonseca
Autor Correspondente: Vitor da Fonseca | [email protected]

Palavras-chave: Educação de Surdos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Abordara questãoda integração de estudantes portadores de deficiência auditiva no ensino superior,em certa medida ,não é muito diferente de abordar o conceito de necessidades educativas especiais em toda a dimensão do sistema de ensino,desde o pré-primário ao universitário.Tratando-se duma análise dum percurso de excelência,ou seja,a noção de escola para todos,atingir o patamar de formação no ensino superior num indivíduo portador de Deficiência Auditiva,é antes de mais,um exemplo de sucesso,quer para o próprio  indivíduo,quer para a universidade(ou instituto politécnico)que o realiza.O crescente ingresso de estudantes portadores de deficiência,coloca um grande desafio às estruturas do ensino superior, por isso é necessário abordar alguns aspectos da sua problemática complexa.A dimensão duma universidade inclusiva,certamente antagónica à sua tendência histórica, consubstancia um processo de igualdade de acesso e de oportunidades,raramente posto em prática,tendo em atenção a sua tradicional filosofia selectiva.Para a universidade fazer parte do movimento que foi materializado na Declaração de Salamanca 1994, é preciso, no mínimo,em termos genéricos:remover barreiras de todo o tipo;concretizar direitos humanos;expandir novas atitudes;aceitar as diferenças intra-individuais;reformar profundamente estruturas,modelos,processos,etc.;formar professores;proporcionar mais,melhore diferente aprendizagem ;desenvolver pedagogia se estratégias habilitativas mais versáteis e flexíveis; introduzir currículos alternativo se mais diversificados:explorar as inteligências múltiplas de todos os estudantes sem  excepção;centrar o ensino no desenvolvimento do potencial adaptativo e na modificabilida decognitiva;criar mais serviços de apoio;evitar desperdícios; estimular a inovação,a eficácia e a qualidade do ensino;incentivar e implementar ajudas técnicas;minimizar O insucesso;combater a exclusão;etc.Numa palavra,integrar indivíduos portadores de deficiência auditiva ou qualquer outra deficiência,disfunção ou desvantagem,desde que revelem capacidades,aptidóes prospectivas e pré-requisitos para ascenderem ao nível superior de formação de recursos humanos.Como qualquer outro nível de ensino,o ensino superior para se abrir a estudantes portadores de deficiência(visual,auditiva,motora ou outra),para além de ser necessário compreender profundamente as condições da sua excepcionalidade humana,deve proporcionar um conjunto multifacetado e multivariado de processos de instrução e de avaliação,e em paralelo,promover a satisfação máxima das suas necessidades invulgares.Tal implicará,como é óbvio,materiais especiais,novas técnologias de ensino,equipamentos computacionais e facilidades diversificadas,bem como vários tipos de serviços e de apoio diferenciado,pois só numa gestão sistémica e sinergética destes recursos,se pode pôr em prática o objectivo principal da integração de estudantes portadores de deficiência no ensino superior,ou seja,optimizar o seu potencial de adaptabilidade e de aprendizibilidade(FONSECA,1998).Visto que o objectivo deste artigo,é caracterizar no contexto acima desenhado,o estudante do ensino superior portador de Deficiência Auditiva,vejamos em termos sumários,em primeiro lugar,alguns dados de caracterização das suas necessidades invulgares,e em segundo lugar,algumas sugestões de intervenção.