DEBATE: Sign Writing: implicações psicológicas e sociológicas de uma escrita visual direta de sinais, e de seus usos na educação do surdo.

Revista Espaço

Endereço:
DIESP - Rua das Laranjeiras, 232, Laranjeiras. Rio de Janeiro – RJ, - Sala 309 - Laranjeiras
Rio de Janeiro / RJ
22240-003
Site: http://www.ines.gov.br/seer/index.php/revista-espaco/index
Telefone: (21) 2285-7546
ISSN: 25256203
Editor Chefe: Wilma Favorito
Início Publicação: 31/12/1989
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar

DEBATE: Sign Writing: implicações psicológicas e sociológicas de uma escrita visual direta de sinais, e de seus usos na educação do surdo.

Ano: 2000 | Volume: Especial | Número: 13
Autores: Fernando Capovilla, Walkíria Raphael, Keila Viggiano, Sylvia Neves, Renato Luz.
Autor Correspondente: Fernando Capovilla | [email protected]

Palavras-chave: Educação de Surdos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A história nasce com a escrita. Ao fornecer um registro secundário e perene do ato linguístico primário e transitório,a escrita permite a reflexão sobre o conteúdo da comunicação, sobre as coisas do mundo e o que delas sabemos. Enquanto registro perene,promove também segurança e consolida o contrato social. Na história do conhecimento, é a escrita que dá luz à filosofia e à epistemologia (episteme:conhecimento rigoroso),permitindo superar ortodoxias(doxa:opinião). À escrita permite a reflexão sobre o próprio ato linguístico,o avanço e o aprimoramento constante da linguagem como veículo do pensamento para o pleno desenvolvimento social e cognitivo. É a escrita, mais que apenas a língua primária do dia-a-dia, que unifica as pessoas de um determinado território geográfico e ao longo do tempo, nas sucessivas gerações, constituindo sua identidade como um povo. Uma língua que não tem um registro escrito é limitada, e incapaz de desenvolver-se e consolidar-se a ponto de servir de base para a constituição de um povo e de uma cultura. Agrupamentos que não têm registro escrito da própria língua, não têm dela o domínio necessário para articular de modo sólido e seguro seu de-senvolvimento cultural e organização social. Permanecem sem a união da organização central efetiva e sem tradições ou memória, dependentes de feudos dispersos e de intermediários para obter informações transitórias, instáveis e vulneráveis a distorções e boatos.