DECOLONIALIDADE E EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA

Revista Espaço do Currículo

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

DECOLONIALIDADE E EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA

Ano: 2022 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Graça Regina Franco da Silva Reis; Isadora de Araújo Azevedo e Marcia Oliveira Maciel Franco Reis.
Autor Correspondente: Graça Regina Franco da Silva Reis | [email protected]

Palavras-chave: Educação antirracista. Colonialismo. Currículo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto objetiva trazer discussões sobre as marcas do colonialismo, do racismo e a possibilidade de pensarmos na escola em alternativas que trabalhem com uma educação antirracista desenvolvendo uma crítica à produção de conhecimento na modernidade, discutindo como conhecer, por meio da observação e explicação, produziu um modelo de ciência que, tornou-se hegemônico e dogmático, invisibilizando múltiplos conhecimentos e traduzindo-os como inexistentes. Propõe pensar um currículo que produza a crítica aos modos como o conhecimento é tratado na escola trazendo outras vozes e saberes por meio das narrativas, visto que elas permitem desinvisibilizar as experiências de opressão que estão, de modo dinâmico, sempre se relacionando e se sobrepondo entre si, sinalizando a inseparabilidade estrutural das questões de raça, gênero e classe e fazendo notar como o colonialismo deixou marcas profundas em múltiplas estruturas, exercendo suas colonialidades mesmo após a independência de suas colônias. Como aporte teórico-metodológico utiliza as pesquisas nosdoscom os cotidianos e a pesquisa narrativa, a fim de buscar uma compreensão de mundo mais ampliada, argumentando que o racismo é uma questão estrutural. Para isso, traz uma discussão sobre os currículos escolares numa perspectiva de valorização das diferenças e de um entendimento radical a favor da ideia de democracia social, buscando, por meio da narrativa de experiências, outras possibilidades de insurgência, de existência e de resistência.



Resumo Inglês:

The text aims to bring discussions about marks of colonialism, racism and how we can think about alternative ways of working with an anti-racist perspective in schools, developing a critique of the production of knowledge in modernity, discussing how knowing through observation and explanation, produced a model of science that became hegemonic and dogmatic, making multiple existing knowledges in non-existence. It proposes to think about a curriculum in the ways it is treated at school that relate other voices and knowledges through narratives, as they allow us to make visible expressions of oppression that are always dynamically intertwined and and overlapping each other, reaffirming the structural inseparability of racism, capitalism and cisheteropatriarch.This movement makes evident the impact of colonialism on multiple structures of our society, exerting its colonialities even after the independence of its colonies. Considering narrative inquiry and the research in/from/with everyday life as our methodological-theoretical approach, we discuss school curricula not only through valuing our differences, but also by radically assuming a position in favour of social democracy as a means of creating other possibilities of existence, resistance, and insurgency.



Resumo Espanhol:

El texto tiene como objetivo traer discusiones sobre las marcas del colonialismo, el racismo y la posibilidad de pensar la escuela en alternativas que trabajen con una educación antirracista, desarrollando una crítica a la producción de conocimiento en la modernidad, discutiendo cómo saber, a través de la observación y explicación, produjo un modelo de ciencia que se ha vuelto hegemónico y dogmático, invisibilizando los saberes múltiples y traduciéndolos como inexistentes. Propone pensar un currículo que produzca una crítica a los modos en que se tratan los saberes en la escuela, trayendo otras voces y saberes a través de las narrativas, ya que permiten desinvisibilizar las experiencias de opresión que son, de manera dinámica, siempre relacionándose y superponiéndose entre sí, señalando la inseparabilidad estructural de las cuestiones de raza, género y clase y notando cómo el colonialismo dejó marcas profundas en múltiples estructuras, ejerciendo sus colonialidadesincluso después de la independencia de sus colonias. Como aporte teórico-metodológico, utiliza la investigación en la vida cotidiana y la investigación narrativa, con el fin de buscar una comprensión más amplia del mundo, argumentando que el racismo es una cuestión estructural. Para ello, trae una discusión sobre los currículos escolares desde una perspectiva de valoración de las diferencias y una comprensión radical a favor de la idea de socialdemocracia, buscando, a través de la narrativa de las experiencias, otras posibilidades de insurgencia, existencia y resistencia.