Uma visão estrutural do racismo permite a compreensão das complexas e históricas desigualdades que marcam as relações étnico-raciais no Brasil. A partir dela é possível visualizar como o racismo vem se reproduzindo e reconhecer a necessidade do engajamento coletivo para sua superação. Admitindo que a escola tem reproduzido o racismo, mas que é potente espaço para sua superação, este artigo objetiva apresentar a importância da efetivação de uma educação antirracista por meio de um currículo decolonial. Partindo de uma abordagem qualitativa, foram usados enquanto procedimentos para desenvolvimento deste estudo, a pesquisa bibliográfica e documental. Conclui-se que uma escola comprometida com a superação das desigualdades raciais deve repensar as práticas escolares e vivenciar um fazer pedagógico norteado por um currículo decolonial,um currículo que parta de outros referenciais epistêmicos, que dê voz aos silenciados pela dominação colonial, que apresente outras formas de ser e estar no mundo, um currículo que rompa com os parâmetros europeus e consequentemente com a colonialidade reprodutora do racismo.