Em maio de 2023 foi declarado o fim da emergência global da pandemia de COVID-19, que registrou, apenas no Brasil, mais 700.000 óbitos. Seus efeitos em geral ainda estão sendo calculados, mas algumas pesquisas indicam que o comportamento do governo federal foi crucial para esse cenário, visto que não foi eficiente em frear o avanço do vírus e seus resultados. Todavia, embora os efeitos da pandemia sejam abrangentes e diferenciados, novos diagnósticos são necessários. Inserido nesse contexto, este artigo discute democracia e populismo na pandemia, tendo como foco os efeitos “perversos” na saúde e os controversos na economia. Considerando este enfoque, adotou-se, no âmbito qualitativo, técnicas de levantamento e análise de dados. Diante do exposto, os resultados obtidos realçaram o populismo e os subterfúgios do governo federal face às recomendações de saúde, bem como, de forma contraintuitiva, observou-se o aumento das receitas do Estado brasileiro.