O objetivo deste artigo é mostrar as dificuldades encontradas pelas mulheres europeias, norte-americanas e brasileiras, no século XIX, para estudarem Medicina. Nessa época a própria legislação brasileira proibia o acesso das mulheres aos cursos superiores. Superando muitas dificuldades, a carioca Maria Augusta Generoso Estrella foi a primeira mulher brasileira e sul-americana a se formar em Medicina, em 1881, com bolsa concedida pelo Imperador D. Pedro II, no New York Medical College and Hospital for Women. Rita Lobato Velho Lopes foi a primeira mulher a estudar nas Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia e a primeira médica formada no Brasil. Concluiu em pouco mais de três anos um curso que exige seis. Recebeu do corpo docente da tradicional faculdade baiana as maiores considerações, sendo aprovada com distinção. Madame Durocher foi a primeira parteira diplomada do Brasil. Com competência, construiu uma grande reputação na cidade e, em sessenta anos de atividade profissional acompanhou cerca de 5.000 parturientes.