DESEMPENHO AGRONÔMICO E REAÇÃO DE CLONES DE BATATA (Solanum tuberosum L.) AO PVY

Ano: 2003 | Volume: 27 | Número: Suplemento

Autores: J. Gadum, C. A. B. P. Pinto, M. . D. Rios

Palavras-chave: batata, vírus, melhoramento genético, solanum tuberosum

Resumo Português:

Foram avaliados 65 clones de batata (denominados
OAS), previamente selecionados para resistência
aos vírus X e Y da batata (PVX e PVY), obtidos
por Silva (1999). Também foram avaliados outros 169
clones (denominados JUG) para reação ao PVY. Os
clones JUG foram obtidos por meio de cruzamentos biparentais
entre materiais imunes ao PVX e PVY, na
condição simplex. Foram conduzidos dois ensaios com
os clones OAS para avaliar o desempenho agronômico
em campo e outros dois ensaios para avaliar a reação ao
PVY mediante enxertia em tomateiro infectado. Os
clones OAS foram também cruzados com a cultivar
suscetível Chiquita (ry ry ry ry), para a identificação
das suas constituições genéticas em relação ao gene Ry.
Os clones originados desse cruzamento-teste foram avaliados
para a reação ao PVY por meio de DAS-ELISA
em plantas de tomateiro inoculadas mecanicamente
com o PVY e também pelo método de marcadores
SCAR, segundo Kasai et al. (2000). Os clones JUG foram
avaliados para a reação ao PVY, por inoculação
mecânica, e diagnosticados por DAS-ELISA. Esses
clones também foram avaliados em condições de campo.
O marcador SCAR denominado RYSC3 parece ser
uma ferramenta mais eficaz para selecionar clones de
batata imunes ao PVY, pois não requer a inoculação
das plantas com o vírus. Foram identificados novos
clones de batata (JUG) supostamente imunes ao PVY,
com alta produção, razoável porcentagem de tubérculos
graúdos e alto peso específico de tubérculos. Os clones
OAS 2-88, 2-89, 2-111 e 3-55 destacaram-se agronomicamente
em três experimentos, além de apresentarem
também reação negativa ao PVY. Esses clones
também possuem alto peso específico dos tubérculos, o
que confere melhor qualidade para a fritura.

Resumo Inglês:

Sixty-five potato clones (denominated
OAS), previously selected for resistance to PVX and
PVY by Silva (1999),were agronomically evaluated in
this study. Their immunity to PVY was also evaluated
by grafting the potato plants onto infected tomato
rootstocks. The OAS clones were testcrossed to the
susceptible cultivar Chiquita (ryryryry) to assess their
genetic constitution in the Ry locus, using mechanical
inoculation of PVY and SCAR markers, according to
Kasai et al. (2000). Another 169 potato clones
(denominated JUG) were evaluated for resistance to
PVY by mechanical inoculation followed by diagnosis
with DAS-ELISA. They were also evaluated under field
conditions. The JUG clones were obtained by
intercrossing simplex clones (Ryryryry). Mechanical
inoculations with PVY were not effective and did not
allow either confirmation of immunity of presumptive
immune clones nor their genetic constitution to the Ry
locus. The SCAR marker denominated RYSC3 seems
to be a more effective tool to select for immunity to
PVY because it does not require virus inoculation. New
potato clones (JUG) were selected for resistance to
PVY, high tuber yield, reasonable percentage of large
tubers and high tuber specific gravity. Clones OAS 2-
88, 2-89, 2-111 and 3-55, showed improved agronomic
traits in three experiments, had negative reaction to
PVY, and had high tuber specific gravity, which
confers a better tuber quality for frying.