Desruralização escolar: um estudo sobre o fechamento de escolas do campo em um município do Estado do Rio de Janeiro

Revista Brasileira de Educação do Campo

Endereço:
Avenida Nossa Senhora de Fatima, 1588, Centro, Cep. 77900-000, Tocantinópolis, Tocantins, Brasil. - Centro
Tocantinópolis / TO
77900000
Site: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/campo
Telefone: (63) 3471-6037
ISSN: 25254863
Editor Chefe: Gustavo Cunha de Araujo
Início Publicação: 31/07/2016
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Desruralização escolar: um estudo sobre o fechamento de escolas do campo em um município do Estado do Rio de Janeiro

Ano: 2019 | Volume: 4 | Número: Não se aplica
Autores: V. L. Sanches, M. L. C. Oliveira
Autor Correspondente: V. L. Sanches | [email protected]

Palavras-chave: educação do campo, fechamento de escolas, transporte escolar, relações campo-cidade, barragem.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo apresenta um estudo sobre a desativação e a extinção de escolas do campo situadas no Município de Cachoeiras de Macacu (região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro), enfocando também o impacto do projeto de construção da barragem do Rio Guapiaçu nesse processo. Os dados analisados demonstram que na região rural de Cachoeiras de Macacu, entre 1983 e 2016, foram desativadas ou extintas 35 escolas, dentre as quais 8 estaduais e 27 municipais ou municipalizadas. Partindo da discussão sobre a mudança do perfil populacional e a perimetropolização do município, analisamos o contexto em que se processa a desruralização escolar. Constatamos que o transporte dos estudantes para áreas urbanas configura uma estratégia administrativa de “otimização” escolar e que o projeto da barragem do Rio Guapiaçu acentuou essa orientação na região da Serra Queimada. Considerando que “a identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes à sua realidade” (Brasil, 2012), entendemos que o fechamento de escolas do campo assinala a invisibilização das populações campesinas, cujos saberes e modos de vida são tomados como inexistentes. Dessa forma, elas são radicalmente excluídas da sociedade civil (Santos, 2007).