O artigo destaca a importância da escuta qualificada e da criação de um ambiente seguro durante entrevistas com mulheres em situação de violência, com base na experiência da entrevistada. O objetivo é refletir sobre como essas práticas garantem o respeito e a validação das vozes das participantes, promovendo um diálogo significativo entre pesquisadores e comunidades vulneráveis. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa e exploratória, caracterizada como um estudo de caso e fundamentada na epistemologia feminista negra, que prioriza a valorização das experiências pessoais e o compromisso ético com a dignidade das participantes. Os resultados indicam que um ambiente seguro facilita relatos mais abertos sobre a violência. Além disso, reforçam a necessidade de pesquisadores atuarem para além da academia, ouvindo e compreendendo essas histórias com respeito. O estudo enfatiza a urgência de ações concretas que valorizem as experiências das mulheres em situação de violência, promovendo um compromisso ético e socialmente responsável na produção do conhecimento e na defesa da dignidade e da justiça social.