Objetivo: analisar as percepções de morte biológica e social relatadas por pessoas que vivem com HIV/AIDS após o diagnóstico desta condição de saúde. Metodologia: A pesquisa em questão tem natureza qualitativa e exploratória a partir da cartografia, realizada em um centro de referência entre julho e outubro de 2022, e utilizou a ferramenta do usuário-guia, entrevista e o diário de campo para a produção dos dados. A interpretação ocorreu a partir da produção de um analisador. Resultados: a temática do morrer faz parte do cotidiano das vidas dessas pessoas, para alguns indivíduos o diagnóstico de HIV não muda sua perspectiva de futuro, mas para outros há uma importante interdição de projetos de vida, gerando uma reconfiguração identitária. Diante desses fatores, o enfrentamento da nova realidade produz processos de subjetivação potentes. Assim, é possível perceber o quanto a sociabilidade, apoio mútuo e amparo estatal permitem a reescrita da vida. Considerações finais: o medo do diagnóstico decorrente do estigma, preconceito e discriminação ainda é presente, e afasta do processo de cuidar. No entanto, a partir de um cenário de reorganização identitária podem produzir potência na vida e na construção de novos modos existenciais.
Aim: to analyze the perceptions of biological and social death reported by people living with HIV/AIDS after the diagnosis of this health condition. Methodology: The research in question has a qualitative and exploratory nature based on cartography, carried out in a reference center between July and October 2022, and used the user-guide tool, interview and field diary for data production. The interpretation occurred from the production of an analyzer. Results: the theme of dying is part of the daily lives of these people, for some individuals the diagnosis of HIV does not change their perspective of the future, but for others there is an important interdiction of life projects, generating an identity reconfiguration. Faced with these factors, facing the new reality produces powerful subjectivation processes. Thus, it is possible to see how sociability, mutual support and state support allow the rewriting of life. Final Considerations the fear of the diagnosis resulting from stigma, prejudice and discrimination is still present, and keeps them away from the care process. However, from a scenario of identity reorganization, they can produce power in life and in the construction of new existential modes.