DIFERENÇAS, EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E DECOLONIALIDADE: temas insurgentes

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

DIFERENÇAS, EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E DECOLONIALIDADE: temas insurgentes

Ano: 2020 | Volume: 13 | Número: Especial
Autores: Vera Maria Candau
Autor Correspondente: Vera Maria Candau | [email protected]

Palavras-chave: Educação intercultural crítica.Perspectiva decolonial.Saberes-práticas educacionais insurgentes.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Estamos vivendo uma situação de crise que afeta diferentes dimensões da vida social e política. No âmbito educacional, confrontam-se posições conservadoras com um intenso movimento, tanto de mobilização social quanto de produção acadêmica, de reconhecimento de diferentes grupos socioculturais inferiorizados e subalternizados na nossa sociedade. Este trabalho se situa nessa perspectiva e está orientado pela perspectiva decolonial e sua inter-relação com a educação intercultural crítica. Além de abordar essa temática, apresenta algumas questões que vêm adquirindo especial relevância hoje. São elas: igualdade-diferença, interseccionalidade, empoderamento, branquitude e ecologia de saberes. Reflete sobre cada uma delas e indica suas implicações para o desenvolvimento dos processos educacionais. Nas considerações finais -insurgindo...-assinala alguns desafios para avançarmos teórica e praticamente nessa direção. Defende que essa perspectiva exige desconstruir uma concepção padronizadora do formato e dos currículos escolares, questionar a colonialidade presente nas culturas escolares, reconhecer inúmeros saberes e práticas insurgentes que realizam professores e professoras no cotidiano escolar e colocar, no centro de nossas buscas para construir uma educação intercultural crítica e decolonial, os grupos sociais subalternizados e inferiorizados na nossa sociedade.



Resumo Inglês:

We are living in a crisis, which affects different dimensions of social and political life. In the education field, conservative positions are confronted with an intense movement, both of social mobilization and academic production, of recognition of different socio-cultural groups, inferior and submitted in our society. This work is situated in this perspective and is guided from decolonial perspective and its inter-relation with critical intercultural education. Besides approaching this issue, it presents other ones that have acquiredspecial relevance nowadays. That means, equality-difference, intersectionality, empowerment, whiteness, and knowledge ecology. It reflects about each one of these issues and indicates their implications for the educational process development. In the final considerations –insurging... -it points out some challenges to move in this direction in theoretical and practical ways. It defends that this perspective requires deconstructing a standard conception of the school format and curricula, questioning the coloniality present in school cultures, recognizing countless knowledges and insurgent practices carried out by teachers in daily school life, and placing in the middle of our searches to construct a critical intercultural and decolonial education, the submitted and inferior social groups in our society.



Resumo Espanhol:

Vivimos una situación de crisis que afecta diferentes dimensiones de la vida social y política. En el ámbito educacional se confrontan posiciones conservadoras con un intenso movimiento, tanto de movilización social como de producción académica, de reconocimiento de diferentes grupos socio-culturales inferiorizados y subalternizados en nuestra sociedad. El presente trabajo se ubica dentro de esta perspectiva y está guiado por la visión decolonial y por su interrelación con la educación intercultural crítica. Además de abordar este tema, presenta algunas cuestiones que han cobrado especial relevancia en la actualidad. A saber: igualdad-diferencia, interseccionalidad, empoderamiento, blanquitud y ecología de saberes. Reflexiona sobre cada una de las mismas y señala sus implicancias para el desarrollo de los procesos educacionales. En las consideraciones finales -en un gesto de insurgencia...-habla de algunos desafíos que debemos enfrentar para poder avanzar en lo teórico y en lo práctico en esa dirección. Defiende que la presente perspectiva exige desconstruir una concepción que estandariza el formato escolar y los currículos escolares. También exige cuestionar la colonialidad presente en las culturas escolares, reconocer innúmeros saberes y prácticas insurgentesque realizan profesores y profesoras en la vida cotidiana de la escuela, y ubicar en el centro de nuestras búsquedas por una educación intercultural crítica y decolonial, a los grupos sociales subalternizados e inferiorizados en nuestra sociedad.