Até o início do século VI, o cristianismo rejeitou a utilização de imagens vinculadas ao culto. Tal proibição se baseava, a princípio, na tradição hebraica, matriz do cristianismo, e na utilização de imagens em outros credos, em disparidade com o cristianismo. A reprodução imagética constituía uma ameaça à genuinidade do culto ao Deus invisível dos hebreus que havia se manifestado visivelmente aos cristãos. Essas duas premissas têm por fnalidade salientar que a discussão sobre o emprego de imagens no culto precede o cristianismo. Ao longo dos séculos, outras culturas exerceram infuência sobre o cristianismo e a utilização de imagens vinculadas ao culto cristão acabou sendo adotada como estratégia expansionista do cristianismo, que se difundia para além das fronteiras étnicas e políticas. Este artigo acompanha a utilização da imaginária devocional na sua trajetória de Constantinopla à América, passando pela Europa.
Until the beginning of the Sixth Century, Christianity rejected the use of images linked to worship. Such a prohibition was based, in principle, on the Hebrew tradition, the matrix of Christianity, and on the use of images in other creeds, in disparity with Christianity. Te imagery reproduction was a threat to the genuineness of the worship of the invisible God of the Hebrews who had visibly manifested to Christians. Tese two premises are intended to emphasize that the discussion about the use of images in worship precedes Christianity. Troughout the centuries, other cultures exerted infuence on Christianity and the use of images linked to Christian worship ended up being adopted as an expansionist strategy of Christianity that spread beyond ethnic and political boundaries. Tis article accompanies the use of devotional imagery in its trajectory from Constantinople to America, through Europe.
Keywords: Image. Worship. Power. Eucharist. Christianity