Avaliou-se o bagaço de cana-de-açúcar não tratado (BN) e tratado (BT) com 2, 4 e 6% de hidróxido de sódio (NaOH) na dieta para
coelhos em crescimento. Os coeficientes de digestibilidade (CD) dos nutrientes do BN e BT foram determinados em delineamento inteiramente
casualizado, com cinco tratamentos (ração básica e rações com 40% de bagaço com 0, 2, 4 e 6% de NaOH) e quatro repetições. Para obtenção
dos valores de CD apenas do bagaço, e não da dieta total, adotou-se o método de substituição isométrica da dieta basal proposto por
Matterson et al. (1965). A adição de NaOH ao bagaço não melhorou significativamente (P>0,05) os CD da matéria seca, proteÃna bruta, fibra
em detergente neutro, fibra bruta e energia bruta e piorou significativamente (P=0,0023) o CD da fibra em detergente ácido (y = 20,042 -
2,7615x, r2 = 0,984). Concluiu-se que o tratamento do bagaço de cana-de-açúcar com NaOH não trouxe vantagens práticas sobre os valores
de CD que justificassem o seu uso, já que a adoção dessa técnica demanda aumento de mão-de-obra e do custo da alimentação.
The NaOH treated sugar cane bagasse (BT) (2, 4 e 6%) and untreated cane bagasse (BN) was evaluated as rabbit diet
ingredients. The digestion coefficients (CD) were determined in a completely randomized design, with five treatments (basic diet) and
40% bagasse diets (0, 2, 4 e 6% NaOH) and four replications, using substitution methodology (MATTERSON et al., 1965). The
nutritive values of bagasse (DM, CP, NDF, CF and GE) were not significantly (P>0,05) affected by NaOH treatment, whereas AFD
was significantly (P = 0,0023) linearly decreased by the chemical treatment (y = 20,042 - 2,7615x , r2 = 0,984). It was concluded that
the treatment was not effective to improving the CD of sugar cane bagasse, being the practice not justifiable.