O novo milênio expressa múltiplas experiências de resistências na América Latina, oriundas da ação política de movimentos sociais indígenas, camponeses e afrodescendentes, que primam por consolidar projetos políticos de caráter emancipatório. No âmbito destes projetos, a educação emerge como uma categoria fundamental, compreendida como espaço de que se derivam outras linguagens que ressignificam o político, o social e o cultural na correlação de forças entre sociedade civil e Estado. O presente escrito objetiva aprofundar esta reflexão com a experiência da Educação do Campo como projeto histórico-político protagonizado pelos movimentos sociais camponeses no Brasil. Para tanto, serão destacadas as dimensões epistêmico-políticas da Educação do Campo e sua articulação com uma leitura histórico-crítica da realidade do campo no Brasil, fundamental na gênese de uma outra episteme e de uma nova cultura política entre os sujeitos do campo. Igualmente, serão demostrados os pontos de inflexão da Educação do Campo no contexto da luta política latino-americana.
We observe multiple experiences of resistance in Latin America in the new millennium, especially in the political action of indigenous, peasant afrodescendent social movements, as they try to consolidate political projects of an emancipatory nature. In the field of education, we can see these projects emerge as a new and fundamental category, that uses the language of otherness to resignify political, social and cultural life in the correlation of forces between civil society and the State. This work aims to deepen this reflection, based on the experience of rural education, or "Education for the Countryside" (Educación del Campo), as an historical and political project of peasant social movements in Brazil. We focus on the epistemic-political dimensions of Education for the Countryside, and its articulation with an historical-critical reading of reality of rural Brazil. It is thus central to the genesis of an 'other' episteme, and is part of a new political culture among rural subjects. In particular, we highlight the key turning points of rural education in the context of Latin American political struggle.
El nuevo milenio expresa múltiples experiencias de resistencias en América Latina, oriundas de la acción política de movimientos sociales indígenas, campesinos y afrodescendientes, que priman por consolidar proyectos políticos de carácter emancipatorio. En el ámbito de estos proyectos, la educación emerge como una categoría fundamental, comprendida como espacio de dónde abrevan otros lenguajes que resignifican lo político, lo social y lo cultural en la correlación de fuerzas entre sociedad civil y el Estado. El presente escrito objetiva profundizar esta reflexión con la experiencia de la Educación del Campo en tanto proyecto histórico-político protagonizado por los movimientos sociales campesinos en Brasil. Para tanto, serán destacadas las dimensiones epistémico-políticas de la Educación del Campo y su articulación con una lectura histórico-critica de la realidad del campo en Brasil, fundamental en la génesis de una otra episteme y de una nueva cultura política entre los sujetos del campo. Asimismo, será demostrado los puntos de inflexión de la Educación del Campo en el contexto de la lucha política latinoamericana.