Direito ao confronto e depoimento especial

Revista Brasileira de Ciências Criminais

Endereço:
Rua Onze de Agosto, 52 - 2º Andar - Centro - Centro
São Paulo / SP
01018-010
Site: http://www.ibccrim.org.br/
Telefone: (11) 3111-1040
ISSN: 14155400
Editor Chefe: Dr. André Nicolitt
Início Publicação: 30/11/1992
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Direito ao confronto e depoimento especial

Ano: 2020 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: Diogo Malan, Flávio Mirza
Autor Correspondente: Diogo Malan | [email protected]

Palavras-chave: Direito ao confronto  – Depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas  – Proporcionalidade Lei 13.431/17.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Lei 13.431/17 inovou no ordenamento jurídico brasileiro, estabelecendo procedimento probatório para oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência, perante autoridade policial ou judiciária (depoimento especial). Malgrado o legislador tenha buscado maior grau de proteção dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência (evitando assim sua vitimização secundária), ele desconsiderou o direito fundamental do acusado a confrontar as testemunhas contra si e seus corolários. A conclusão é que o procedimento em apreço possui cinco aspectos que causam restrições desproporcionais ao direto ao confronto do acusado, motivo pelo qual a Lei 13.431/17 deve ser interpretada conforme à Constituição.


Resumo Inglês:

Federal Statute 13,431/17 innovated in the Brazilian legal system, by establishing an evidentiary proceeding for taking statements from child or adolescent victims or witnesses of violence, before police or judicial authority (special testimony). Despite the fact that the legislator sought a higher degree of protection of the fundamental rights of children and adolescent victims or witnesses of violence (thus avoiding their secondary victimization), he disregarded the accused person’s fundamental right to confront the witnesses against him and its corollaries. The conclusion is that the proceeding in question has five aspects that cause disproportionate encroachments on the accused person’s right of confrontation, which is why Federal Statute 13.431/17 must be interpreted according to the Constitution.