Este artigo tem como objetivo analisar a realidade em torno da exploração da sociobiodiversidade no contexto da globalização e da hegemonia econômica dos países desenvolvidos. Observa-se que no decurso da expansão do sistema econômico globalizado ocorrem processos de apropriação indevida dos métodos de exploração dos recursos naturais pelas empresas multinacionais, restando aos autênticos detentores dessa variedade de saberes – as comunidades tradicionais – uma situação de submissão e exclusão, visto que ficam à margem desta dinâmica de mercado. Este processo se realiza pela apropriação dos direitos intelectuais relativos a estes conhecimentos, mostrando-se necessária uma reflexão da visão jurídica acerca da sociobidiversidade. Buscou-se desenvolver uma análise relativamente às possibilidades de emancipação dessas comunidades, dentro de um paradigma de biocêntrismo e eco-cidadania.
This article aims to analyze the reality surrounding the socio-biodiversity in the context of
globalization and economic hegemony of developed countries. It is observed that during the expansion of
the globalized economic system processes occur misappropriation of the methods of exploitation of natural
resources by multinational companies, leaving the genuine holders of the range of knowledge - the traditional
communities - a situation of subjugation and exclusion, as become marginalized in this dynamic market. This
process is done through the appropriation of intellectual property rights relating to this knowledge,
being necessary to consider the legal view on the sociobidiversity. We sought to develop an analysis on the
possibilities of emancipation of those communities within a paradigm biocentrism and eco-citizenship.