DISCURSO, SUJEITO E CURRÍCULO PARA DIFERENÇA: O POR VIR DA DESCONSTRUÇÃO DERRIDIANA

Revista Espaço do Currículo

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

DISCURSO, SUJEITO E CURRÍCULO PARA DIFERENÇA: O POR VIR DA DESCONSTRUÇÃO DERRIDIANA

Ano: 2014 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Cláudia Maria Felicio Ferreira Tomé
Autor Correspondente: Cláudia Maria Felicio Ferreira Tomé | [email protected]

Palavras-chave: Discurso Pedagógico, Sujeito, Curriculo, Descontrução, Por vir

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho parte das leituras de documentos que respaldam propostas curriculares no Brasil. Desafia e problematiza o pensamento e as construções conceituais engessadas nesses documentos. Isto porque o caráter universalista de sujeitos para os quais são endereçados os currículos se impõe como referente através de um currículo que seleciona categoricamente conteúdos, objetivos, previamente programados para formar o aluno dentro de um padrão harmônico das diferenças. Para a discussão da problemática, esse trabalho articula as noções: desconstrução, différance, sujeito, rastro, tradução, deslocamentos, sentidos e hospitalidade como atravessamentos da discussão sobre o por vir no discurso pedagógico e do currículo. A discussão é fomentada pelo viés da desconstrução derridiana pela qual se pensa o movimento ou deslocamento do discurso pedagógico que problematize o referente e o fechamento do discurso no currículo. Este é aqui defendido como um por vir discursivo, não sendo jamais dado numa estrutura fechada, tampouco compreendido como um centro de onde emana o conhecimento e no qual possa ser prescrita a diferença. Entende-se, que há um movimento contante da diferença do diferir (différance) no campo da discursividade porque nem a estrutura é determinista, nem o sujeito é consciente, sendo a tradução sempre deslizamento de sentidos. Assim, o currículo está sempre aberto a outras leituras, a tradução, ao indecidível, a um constante por vir em que as diferenças não passam por classificação, nem por fixação aparentemente cristalizadas em documentos.



Resumo Inglês:

This work starts from the reading of documents that support curricular proposals in Brazil. It challenges and questions the thinking and conceptual constructions cast in these documents. This is because the universal character of subjects to whom the curricula are addressed imposes itself as a referent through a curriculum that categorically selects contents, objectives, previously programmed to form the student within a harmonic pattern of differences. For the discussion of the problem, this work articulates the notions: deconstruction, différance, subject, trail, translation, displacements, meanings and hospitality as crossings of the discussion about what is to come in the pedagogical discourse and the curriculum. The discussion is fomented by the bias of Deridian deconstruction, by which the movement or displacement of the pedagogical discourse is thought to problematize the referent and the closing of the discourse in the curriculum. This is defended here as one to come discursive, never being given in a closed structure, nor understood as a center from which knowledge emanates and in which the difference can be prescribed. It is understood that there is a constant movement of the difference of differing (différance) in the field of discourse because neither the structure is deterministic, nor the subject is conscious, the translation always being a slide of meanings. Thus, the curriculum is always open to other readings, to translation, to the undecidable, to a constant to come in which the differences do not go through classification, nor by fixation apparently crystallized in documents.



Resumo Espanhol:

Este trabajo parte de las lecturas de documentos que apoyan propuestas curriculares en Brasil. Desafía y cuestiona el pensamiento y las construcciones conceptuales emitidas en estos documentos. Esto se debe a que el carácter universal de las asignaturas a las que se dirigen los currículos se impone como referente a través de un currículo que selecciona categóricamente contenidos, objetivos, previamente programados para formar al alumno dentro de un patrón armónico de diferencias. Para la discusión del problema, este trabajo articula las nociones: deconstrucción, diferancia, materia, sendero, traducción, desplazamientos, significados y hospitalidad como cruces de la discusión sobre lo que vendrá en el discurso pedagógico y el plan de estudios. La discusión es fomentada por el sesgo de la deconstrucción de Deridian, por el cual se piensa que el movimiento o desplazamiento del discurso pedagógico problematiza el referente y el cierre del discurso en el currículo. Esto se defiende aquí como alguien discursivo, nunca dado en una estructura cerrada, ni entendido como un centro del cual emana el conocimiento y en el que se puede prescribir la diferencia. Se entiende que existe un movimiento constante de la diferencia de diferencia (différance) en el campo de la discursividad porque ni la estructura es determinista, ni el sujeto es consciente, la traducción siempre es una diapositiva de significados. Por lo tanto, el plan de estudios siempre está abierto a otras lecturas, a la traducción, a lo indecidible, a una constante por venir en la que las diferencias no pasan por la clasificación, ni por la fijación aparentemente cristalizada en los documentos.