O presente artigo parte da premissa da importância que têm os coletivos na construção de um novo espaço pedagógico. O texto foi elaborado a partir de um recorte do estudo de caso realizado na Escola Municipal Pedro Ernesto, localizada no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro, Brasil. A investigação objetiva a análise crítica e reflexiva do processo de apropriação e do sentimento de pertencimento na construção coletiva da horta pedagógica agroecológica da unidade escolar. As sequências didáticas foram desenvolvidas entre maio de 2021 e maio de 2023. O conjunto metodológico foi centralizado na pesquisa-ação, complementado por rodas de conversa. Contou com a participação direta de 350 estudantes pertencentes a 9 turmas do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental I, 10 docentes, 1 coordenadora pedagógica, 2 diretoras, 2 agentes educacionais, 3 merendeiras, 2 pessoas de manutenção e 1 pesquisadora. Para a coleta de resultados, foram utilizadas as entrevistas semiestruturadas e a sistematização de sentimentos das crianças por meio de nuvens de palavras produzidas coletivamente. Observou-se, ao longo da construção coletiva na horta, que as/os estudantes foram ganhando seu próprio lugar, tendo voz e autonomia, gerando um sentimento de cuidado, carinho e identidade, pois o espaço lhes pertence. Esse sentimento favoreceu a consolidação e a real introjeção do aprendizado, estimulando os fazeres-saberes.
This article starts from the premise of the importance that collectives have in the construction of a new pedagogical space. The text was elaborated from an excerpt of the case study carried out at thePedro Ernesto Municipal School, located in the Lagoa neighborhood, in Rio de Janeiro, Brazil. The research aims at the critical and reflective analysis of the process of appropriation and the sense of belonging in the collective construction of the agroecological pedagogical garden of the school unit. The didactic sequences were developed between May 2021 -May 2023. The methodological set was centered on action-research, complemented by conversation circles. It had the direct participation of 350 students belonging to 9 classes from the 1st to the 5th year of Elementary School, 10 teachers, 1 pedagogical coordinator, 2 directors, 2 educational agents, 3 cooks, 2 maintenance people and 1 researcher. For the collection of results, semi-structured interviews were conducted and children's feelings were systematized through collectively generated Word Clouds. It was observed, throughout the collective construction in the school vegetable garden, that the students were gaining their own place, having a voice and autonomy in the space, generating a feeling of care, affection, and identity, as the space belongs to them. This feeling favored the consolidation and real internalization of learning, actively fostering the creation of knowledge.
El presente artículo parte de la premisa de la importancia que tienen los colectivos en la construcción de un nuevo espacio pedagógico. El texto fue elaborado a partir de un recorte del estudio de caso realizado en la Escuela Municipal Pedro Ernesto, ubicada en el barrio de Lagoa, en Río de Janeiro, Brasil. La investigación objetivó el análisis crítico y reflexivo del proceso de apropiación y del sentimiento de pertenencia en la construcción colectiva del huerto pedagógico agroecológico de la unidad escolar. Las secuencias didácticas se desarrollaron entre mayo de 2021 y mayo de 2023. El conjunto metodológico se centró en la investigación-acción, complementado por círculos de conversación. Contó con la participación directa de 350 estudiantes pertenecientes a 9 clases de 1º a 5º año de la Educación Primaria, 10 docentes, 1 coordinadora pedagógica, 2 directoras, 2 agentes educativos, 3 cocineras, 2 personas de mantenimiento y 1 investigadora. Para la recopilación de resultados, se utilizaron entrevistas semiestructuradas y la sistematización de los sentimientos de las/os niñas/os a través de nubes de palabras producidas colectivamente. A lo largo de la construcción colectiva en el huerto pedagógico, se observó que las/os estudiantes fueron ganando su propio lugar, teniendo voz y autonomía en el espacio, generando un sentimiento de cuidado, cariño e identidad, ya que el espacio les pertenece. Este sentimiento favoreció la consolidación y la verdadera internalización del aprendizaje, estimulando la acción de aprender haciendo.