Escrever uma resenha é como contemplar uma obra de arte, buscamos aquilo que nos afeta, que de alguma forma nos faz ver, ouvir e sentir de outra maneira. Focamo-nos no que nos chamou a atenção, de alguma forma. Portanto, a escrita dessa resenha é feita de escolhas, que se dão a partir do contexto no qual me encontro inserida, com as condições de possibilidades que tenho. Por este motivo, talvez deixe de lado questões que outras leitoras1 apresentariam como foco de uma resenha. É como o ato de cartografar, mapear para além do mapa (Rolnik, 1989), traçar sentidos que foram produzidos por mim a esta obra. Buscar os ditos e os não ditos, o que está (in)visível e que é (in)dizível no instante em que me debruço sobre a escrita.