A o pensar em educação, vem logo à nossa mente a Escola 1. Todavia, ao pensar a Escola para/ das/ com as classes populares, nos perguntamos de que Escola falamos? Em um momento em que a forma Escola é questionada pela teor· a ocial e p ela prática educacional, :E no contexto de crise da racionalidade o que lhe deu origem e da legitimidade do seus agentes, podemos minimamente perguntar ate que ponto a educação nas sociedades ocidentais e ocidentalizadas, não está prisioneira à forma escolar, aprisionando assim, por sua vez o pensamento crítico sobre a educação. A partir de uma perspectiva outra que assuma abertamente uma intencionalidade prospectiva sobre a sorte dos educandos das classes populares e a possibilidade de incluir a escola na construção de um outro mundo possível, cabe questionarmos pelo custo de não arriscarmos pensar a educação para além da Escola. Ao colocar isto, não levanto aqui discutir educação sem pensar a Escola, conforme exposto por teorias que a priori propoem a supressao da instituição escolar. Muito pelo contrário, proponho discutir Escola porque pensamos educação no mundo, aqui e hoje, assinalando que esta perspectiva geolocalizada, o reconhecimento da sua espaço-temporalidade, exige um tensionamento do lócus da reflexão sobre educação, tencionando um giro epistemico.