A diversidade de línguas é uma maldição ou uma bênção? Essa reflexão norteia as mais de 450 páginas de A busca da Língua Perfeita. Nesse projeto, Umberto Eco tentou reunir um pouco de todas as utopias européias a respeito da busca de uma “língua perfeita” ou da “língua original”, aquela falada por Adão, assim como projetos de línguas universais. A tarefa foi extensa, pois passeia por dois mil anos de história, sendo que apenas o século 19 teve 173 projetos de línguas internacionais. Ao contrário do que poderia-se esperar, Eco não situa a investigação no campo da lingüística ou da semiótica, mas no da história das idéias.