EDUCAÇÃO, ÉTICA ANIMAL E AMBIENTAL: destituindo o paradigma antropocêntrico

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

EDUCAÇÃO, ÉTICA ANIMAL E AMBIENTAL: destituindo o paradigma antropocêntrico

Ano: 2018 | Volume: 11 | Número: 3
Autores: Fabio Alves Gomes Oliveira; Maria Clara Dias
Autor Correspondente: Fabio Alves Gomes Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Educação. Especismo, Empatia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo pretende defender a urgência de promovermos uma revisão ampla do viés antropocêntrico que tem marcado os conteúdos programáticos das diversas disciplinas oferecidas nas escolas brasileiras, nos mais diversos segmentos. Nesse sentido, aposta em uma reflexãoacerca da fundamentação ética sobre como os animais não-humanos vem sendo apresentados nos diversos espaços formais de ensino. Creditamos que a consolidação do debate ambiental entorno de temas como lixo, poluição, saúde e conservação de espécies reitera o antropocentrismo e contribui para a inviabilização de demandas próprias aos animais e ao meio ambiente. Trata-se, assim, de conduzir o debate a um novo paradigma, qual seja: a busca por uma forma de educação não-especista. Para isso, pretendemos, em primeiro lugar, apresentar conceitos básicos convergentes da ética animal e ambiental, de modo a podermos identificar a questão relativa ao valor relacional presente no debate ambiental. A partir de um olhar diferenciado sobre o lugar dos animais e do meio-ambiente, pretendemos defender uma proposta pedagógica que assuma o papel de questionar as diversas formas de injustiças cometidas contra animais e meio ambiente e, ao mesmo tempo, apresentar a noção de capacidade imaginativa, capaz de estimular os indivíduos a refletirem sobre a relação humano-meio ambiente e humano-animal de forma mais empática, através da mobilização de recursos visuais, tais como filmes e fotografias.



Resumo Inglês:

This article intends to defendthe urgency of promoting a broad revision of the anthropocentric bias that has marked the programmatic contents of the different disciplines offered in Brazilian schools, in most diverse segments. In this sense, it bets on a reflection on the ethical basis on how non-human animals are being presented in formal educational spaces. We believe that the consolidation of the environmental debate surrounding issues such as garbage, pollution, health and conservation of species reiterates anthropocentrism and contributes to the unfeasibility of animals and environmental issues. It is, therefore, to lead the debate to a new paradigm, namely: the search for a form of non-specific education. For this, we intend, firstly, to present convergent basic concepts of animaland environmental ethics, so that we can identify the question regarding the relational value present in the environmental debate. From a different perspective on the place of animals and the environment, we intend to defend a pedagogical proposal that assumes the role of questioning the various forms of injustices committed against animals and the environment and, at the same time, presenting the notion of capacity imaginative, capable of stimulating individuals to reflect on the human-environment-human-animal relationship more empathically, through the mobilization of visual resources such as films and photographs.



Resumo Espanhol:

Este artículo pretende defender la urgencia de promover una revisión amplia del sesgo antropocéntrico que ha marcado el programa de estudios de las diferentes materias ofrecidas en las escuelas brasileñas, en los segmentos más diversos. En este sentido, apuesta por una reflexión sobre los fundamentos éticos sobre cómo se han presentado los animales no humanos en los diversos espacios formales de enseñanza. Creemos que la consolidación del debate ambiental en torno a temas como la basura, la contaminación, la salud y la conservación de especies reitera el antropocentrismo y contribuye a la inviabilidad de las demandas específicas de los animales y el medio ambiente. Por lo tanto, se trata de llevar el debate a un nuevo paradigma, a saber: la búsqueda de una forma de educación no especista. Para esto, pretendemos, primero, presentar conceptos básicos convergentes de la ética animal y ambiental, de modo que podamos identificar el tema relacionado con el valor relacional presente en el debate ambiental. Desde una perspectiva diferente sobre el lugar de los animales y el medio ambiente, pretendemos defender una propuesta pedagógica que asuma el papel de cuestionar las diversas formas de injusticias cometidas contra los animales y el medio ambiente y, al mismo tiempo, presentar la noción de capacidad imaginativo, capaz de alentar a las personas a reflexionar sobre el ambiente humano y la relación humano-animal de una manera más empática, a través de la movilización de recursos visuales, como películas y fotografías.