Educação ambiental crítica: da institucionalização à crise

Quaestio

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ISSN: 2177-5796
Editor Chefe: Alda Regina Tognini Romaguera
Início Publicação: 06/05/1999
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

Educação ambiental crítica: da institucionalização à crise

Ano: 2019 | Volume: 21 | Número: 1
Autores: Carlos Roberto da Silva Machado, Bruno Emilio Moraes
Autor Correspondente: Carlos Roberto da Silva Machado | [email protected]

Palavras-chave: educação ambiental crítica; institucionalização; contra-hegemonia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo se propõe refletir sobre a institucionalização das políticas “progressistas” e, mais especificamente, da educação ambiental junto ao Estado brasileiro e as contradições resultantes desse processo. Compreende-se que a crise vivida pela educação ambiental crítica (isolada no espaço acadêmico), está relacionada a uma postura colonialista que aposta na disseminação de perspectivas produzidas “desde cima”, ou seja, desde os espaços dos poderes instituídos. A participação da educação ambiental nos governos progressistas, terminou por restringir sua ação contra-hegemônica, deixando-a sem espaço para as perspectivas e resistências autônomas e autogestionárias que emergem da sociedade. Por fim, nos propomos tecer uma breve e introdutória reflexão sobre outros caminhos para inserção da educação ambiental na sociedade, caminhos mais abertos à diversidade de lutas e perspectivas socioambientais que existem na vida cotidiana. Uma educação múltipla e marginal que, nascida “desde baixo”, desafia os limites impostos pela modernidade capitalista, sem a necessidade de criar uma nova verdade a ser reproduzida.



Resumo Inglês:

The article proposes a reflection on the institutionalization of the "progressive" policies, and more specifically, of the environmental education along with the Brazilian State and the contradictions resulting from this process. It is understood that the crisis experienced by critical environmental education (isolated in the academic space) is related to a colonialist posture that bets on the dissemination of perspectives produced "from above", that is to say, from the spaces of instituted powers. The participation of environmental education in progressive governments has led to restricting its counter-hegemonic action, leaving it without space for the autonomous and self-managing perspectives and resistances that emerge from society. Finally, we propose to write a brief and introductory reflection on other ways to insert environmental education in society, ways more open to the diversity of battles and socio-environmental perspectives that exist in everyday life. A multiple and marginal education that, born “from below”, defies the limits imposed by the capitalist modernity, without the need of creating a new truth to be reproduced.



Resumo Espanhol:

El artículo propone una reflexión sobre la institucionalización de las políticas “progresistas” y, más específicamente, de la educación ambiental junto al Estado brasileño y las contradicciones resultantes de ese proceso. Se comprende que la crisis vivida por la educación ambiental crítica (aislada en el espacio académico), está relacionada a una postura colonialista que apuesta en la diseminación de perspectivas producidas “desde arriba”, es decir, desde los espacios de los poderes instituidos. La participación de la educación ambiental en los gobiernos progresistas ha restringido su acción contrahegemónica, dejándola sin espacio para las perspectivas y resistencias autónomas y autogestionarias que emergen de la sociedad. En fin, se propone trazar una breve e introductoria reflexión sobre otros caminos para inserción de la educación ambiental en la sociedad, caminos más abiertos a la diversidad de luchas y perspectivas socioambientales que existen en la vida cotidiana. Una educación múltiple y marginal que, nacida “desde abajo”, desafía los límites impuestos por la modernidad capitalista, sin la necesidad de crear una nueva verdad a ser reproducida.