As políticas públicas em Educação Ambiental são pensadas e elaboradas em contextos diversos, alguns deles bem distantes da realidade amazônica. No entanto, é na escola que as normatizações curriculares, por meio de disputas e negociações, ganham certa aproximação aos atores sociais e, portanto, se materializam na vida cotidiana. Nesse sentido, a escola constitui-se enquanto espaçotemposocial no qual saberes e práticas ambientais são confrontadas diariamente. É nesse espaçotempo que os docentes são desafiados a dialogar com a realidade, recorrer às lógicas integrativas e restaurativas para contextualizar a história, a cultura e a vida amazônica. Logo, o desafio persiste em integrar ao currículo a experiência social da comunidade e, desta forma, desestabilizar a padronização curricular. Pensar essa experiência social supõe (re)conhecer as práticas educativas escolares que ressignificam a Educação Ambiental nos currículos das escolas na Amazônia brasileira, em particular, na rede municipal de Castanhal-Pará. Nos desdobramentos metodológicos adotamos as contribuições da pesquisa qualitativa, precisamente da Teoria das Representações Sociais (TRS) na sua abordagem etnográfica. Recorremos ao questionário, complementado por dois grupos dediscussão e pela observação para coletar as informações da pesquisa, na qual participaram 121 docentes. Os resultados mais significativos indicam que a abordagem da Educação Ambiental é orientada, principalmente, pelas concepções naturalistas de ambiente.Revelam, também, um movimento social entre os docentes que questionam essas concepções e, portanto, reivindicam outras lógicas frente ao currículo e aos desafios ambientais inerentes à região.
Environmental Education policies are tailored to different contexts, many of which are a far cry from reality in the Amazon. However, it is in the school, through disputes and negotiations, that curriculum standards approximate to social actors and therefore “materialize” in everyday life. In this sense, the school is constituted as social space-timein which environmental knowledge and environmental practices are confronted daily. It is within this space-time that teachers are challenged to engage in dialogue with reality and adopt integrative and restorative approaches to contextualize the history, culture and life of the Amazon. Thus, the challenge of integrating the curriculum to the social experience of the community, and therefore destabilize curriculum standardization, remains. Thinking about this social experience implies (re)gaining an understanding of educational practices that resignify environmental education in the curriculums of schools in the Brazilian Amazon, in this case the municipal education network in Castanhal, in the State of Pará. We adopted a methodological framework based on Social Representation Theoryand the principles and methods of ethnography. A questionnaire was conducted with 121 teachers and complemented by two group discussions and participant observation.The findings show that the approach to environmental education draws mainly on naturalistic conceptions of the environment and the existence of a social movement among teachers that questions these conceptions, calling for other ways of thinking the curriculum and the environmental challenges faced by the region.
Las políticas públicas en Educación Ambiental están pensadas y elaboradas en diferentes contextos, algunos de ellos muy alejados de la realidad amazónica. Sin embargo, es en la escuela donde las normas curriculares, a través de disputas y negociaciones, obtienen una cierta aproximación a los actores sociales y, por lo tanto, se materializan en la vida cotidiana. En este sentido, la escuela se constituye como un espacio de tiempo social en el que se confrontan diariamente el conocimiento y las prácticas ambientales. Es en este espacio-tiempo que los maestros tienen el desafío de dialogar con la realidad, de usar lógicas integradoras y restaurativas para contextualizar la historia, la cultura y la vida de la Amazonía. Por lo tanto, el desafío persiste en integrar la experiencia social de la comunidad en el currículo y, de esta manera, desestabilizar la estandarización curricular. Pensar en esta experiencia social supone (re) conocer las prácticas educativas escolares que dan un nuevo significado a la Educación Ambiental en los planes de estudio de las escuelas de la Amazonía brasileña, en particular, en la red municipal de Castanhal-Pará. En los desarrollos metodológicos, adoptamos las contribuciones de la investigación cualitativa, precisamente de la Teoría de las Representaciones Sociales (TRS) en su enfoque etnográfico. Utilizamos el cuestionario, complementado por dos grupos de discusión y observación para recopilar la información de la investigación, en la que participaron 121 profesores. Los resultados más significativos indican que el enfoque de la Educación Ambiental se guía principalmente por las concepciones naturalistas del medio ambiente, también revelan un movimiento social entre los docentes que cuestionan estas concepciones y, por lo tanto, reclaman otras lógicas en vista del plan de estudios y los desafíos ambientales. inherente a la región.