Este artigo questiona quais conhecimentos têm sido reivindicados pelos currículos dos cursos de Ciências Biológicas para compreender a crise ambiental. Neste sentido, foram identificadas na literatura quatro principais vertentes do campo da Educação Ambiental: tradicional conservacionista, tradicional pragmática, crítica e pós-crítica; apresentamos suas bases epistemológicas, formas de atuação e possíveis limitações teórico-práticas. Elencamos as vertentes mais predominantes no currículo dos cursos presenciais de Ciências Biológicas Licenciatura e Ciências Biológicas Bacharelado, ofertados por uma universidade pública do estado do Paraná, no ano de 2018. A análise dos currículos revelou uma proposição crítica de ambos os cursos, contudo, os conteúdos biológicos são priorizados para promover mudanças sociais. Apresentamos as possibilidades de atuação destes profissionais como educadores ambientais, assim como possíveis limitações na compreensão dos problemas ambientais contemporâneos e sua complexidade.
This study demands about which knowledge has been required by the curricula of the Biological Sciences courses to understand the environmental crisis. Thus, based on the literature, four main aspects were identified that concerns about the Environmental Education field: traditional conservationist, traditional pragmatic, critical and post-critical, presented their epistemological bases, ways of acting and possible theoretical-practical restrictions. We listed the most prevalent aspects in the curriculum of classroom courses in Biological Sciences Graduation and Biological Sciences Bachelor's Degree, offered by a Paraná state public university, in 2018. The curricula analyses revealed a critical proposition of both courses; however, the biological content is prioritized for social changes improvement. Lastly, we show the possibilities for these professionals to act as environmental educators, as well as possible limitations in understanding contemporary environmental problems and their complexity.