O presente artigo discute modos de pensar os processos formativos em Educação Ambiental endereçados a professores da Educação Básica. O texto defende, a partir dos estudos culturais, que práticas pedagógicas voltadas às escutas das experiências dos professores, através da construção de relatos escritos e imagéticos, são interessantes e pertinentes para fomentar processos pedagógicos criativos. Entende-se que o mergulho nas narrativas sobre as práticas pedagógicas que cada professor tece permite, não somente uma (re)visita reflexiva, mas um deslocamento de tais práticas permitindo a criação de outras, em um processo inventivo sem fim nem começo. O texto relaciona esse processo formativo às perspectivas pós-colonialistas envolvidas na descolonização do saber, ou seja, na liberação das linhas de controle sobre os saberes cotidianos tecidos através da experiência. Compreende-se, contudo, que as práticas pedagógicas que tecemos se enredam em relações assimétricas de poder - saber e perscrutar tais conexões são interessantes para, inclusive, desfazê-las.