A escola atual tem se configurado como reprodutora da organização social gerida pelo capitalismo, reproduzindo e reafirmando os modelos de subordinação/dominação das classes dominantes. Porém, a partir do momento em que os oprimidos se conscientizam do seu processo de desumanização e se organizam para reaver o exercício dos seus direitos, há uma instabilidade nas pedagogias hegemônicas. Assim, objetivamos nesse estudo teórico-reflexivo discutir brevemente sobre educação e desigualdade social, a partir do conceito de pensamento abissal, o qual invisibiliza e torna inexistente tudo que não se enquadra nos princípios epistemológicos/metodológicos da racionalidade científica hegemônica/dominante. Nesse texto apresentamos algumas reflexões sobre o papel da escola nos processos de emancipação e transformação dos oprimidos na superação dos padrões de saber/poder abissais.