Este artigo propõe uma reflexão acerca da questão da emancipação do sujeito e dos processos formativos que possam romper com a hegemonia tradicionalismo das pedagogias modernas, que podem ser representadas nas proposições de Johann F. Herbart, que se pauta no conhecimento explicativo perante o saber como forma constituinte do conhecimento. Na modernidade, ocorre uma predominância em querer saber e uma resistência ao enigma do não saber que possa permitir fissuras no dogmatismo instituído em querer saber presentes nos processos formativos. Nesse caso, o objetivo dessa reflexão se concentra em questionar, no conjunto das práticas educativas, se o saber explicativo destitui o processo formativo como atividade investigativa do intelectual. A metodologia de investigação neste trabalho insere-se numa hermenêutica na leitura de autores que subsidiam a análise sobre a questão do sujeito emancipado na modernidade, baseia-se também em dados coletados em atividade de pesquisa de campo, realizada em duas unidades escolares. A principal conclusão seria que o educador deveria ampliar a discussão criticamente sobre o uso de diversas técnicas de ensino, no sentido de recusar qualquer prática educativa que possa subordinar as inteligências umas as outras, constituindo o embrutecimento dos sujeitos. Seria algo de fundamental importância discutir a formação profissional do professor como intelectual numa escuta do não saber como parte constituinte do conhecimento.
This essay proposes a reflection about the question of the emancipation of the subject and the formative processes that can break with the hegemony traditionalism of the modern pedagogies, that can be represented in the propositions of Johann F. Herbart, that is based on the explanatory knowledge before the knowledge like form constituent of knowledge. In modernity, there is a predominance in wanting to know and a resistance to the enigma of non-knowledge, allowing fissures in the dogmatism instituted in wanting to know present in the formative processes. In this case, the purpose of this reflection is to question, in the set of educational practices, if explanatory knowledge deprives the formative process as an investigative activity of the intellectual. The research methodology in this work is inserted in a hermeneutics in the reading of authors who subsidize the analysis on the subject of the emancipated subject in modernity. The conclusion would be that the educator should expand the discussion critically on the use of different teaching techniques, in the sense of refusing any educational practice that can subordinate the intelligences to each other, and constitutes the brutalization of the subjects. It would be a practice of fundamental importance to discuss the professional formation of the teacher as an intellectual in a listener of non-knowledge as a constituent part of knowledge.