Uma das discussões de maior visibilidade no momento atual na educação brasileira é a proposta de separação, ou defesa da ―neutralidade‖ na relação entre educação e política, levada adiante pelo movimento Escola Sem Partido. Esse artigo se insere nessa discussão com o objetivo principal de problematizar as contradições inerentes a esse debate. Para tanto, utilizamos como metodologia de análise os princípios do materialismo histórico dialético, que nos permitirá explicitar que educação e política como entes separados mostra-se como algo impossível. A educação escolar é política em sua essência, ao ser o espaço de introjeção de normas, conhecimentos e, no modo de produção vigente, é um espaço de lutas. Com isso, vemos que a defesa de uma escola ―apolítica‖ é de interesse de uma política que busca a domesticação de um povo, que, mais do que conseguir criar uma lei específica sobre esse tema, busca inibir qualquer foco de resistência que possa surgir num espaço como a escola.
One of the most visible discussions at the moment in Brazilian education is the proposal of separation, or defense of "neutrality" in the relation between education and politics, carried out by the movement School Without Party. This paper is inserted in this discussion with the main objective of problematizing the contradictions inherent to this debate. To do so, we use as methodology of analysis the principles of dialectical historical materialism that will allow us to make explicit that education and politics as separate entities shows itself to be impossible. School education is political in its essence, being the space of introjection of norms, knowledge and, in the current mode of production, it is a space of social struggles. With this we see that the defense of an "apolitical" school is of interest in a policy that seeks to domesticate a people, which, rather than being able to create a specific law on this subject, seeks to inhibit any source of resistance that may arise in a space like school.
Una de las discusiones de mayor visibilidad en el momento actual en la educación brasileña es la propuesta de separación, o defensa de la "neutralidad" en la relación entre educación y política, llevada adelante por el movimiento Escuela Sin Partido. Este artículo se inserta en esta discusión con el objetivo principal de problematizar las contradicciones inherentes a ese debate. Para ello, utilizamos como metodología de análisis los principios del materialismo histórico dialéctico que nos permitirá explicitar qué educación y política como entes separados se muestra como algo imposible. La educación escolar es política en su esencia, al ser el espacio de introyección de normas, conocimientos y, en el modo de producción vigente, es un espacio de luchas sociales. Con eso, vemos que la defensa de una escuela "apolítica" es de interés de una política que busca la domesticación de un pueblo, que, más que conseguir crear una ley específica sobre ese tema, busca inhibir cualquier foco de resistencia que pueda surgir en un espacio como la escuela.