Este artigo busca estabelecer uma reflexão baseada na pergunta: O que há de decolonial nas propostas que relacionam Educação em Ciências e Direitos Humanos? Com base num estudo teórico, primeiro buscou-se apresentar o grupo Modernidade/ Colonialidade/ Decolonialidade (MCD). Em seguida, as propostas elaboradas por Oliveira e Queiroz (2013, 2015, 2017) acerca da Educação em Ciências na perspectiva da Educação em Direitos Humanos foram analisadas, apontando em quais sentidos elas convergiam ou divergiam das formulações teóricas decoloniais. A partir das análises tecidas, concluímos que há possíveis aproximações e diálogos entre estes campos, uma vez que as obras de Oliveira e Queiroz se posicionam politicamente ao lado daqueles que foram subalternizados e historicamente marginalizados, fomentando a construção de uma educação contra-hegêmonica e combativa. Em termos de afastamentos, os autores não confrontam diretamente o modelo de educação escolar, e esta seria uma das fronteiras a serem rompidas para uma prática decolonial.
This article seeks to establish a reflection based on the question: Can we find decolonial principles in proposals that relate Education in Sciences with Human Rights? To do so, we first sought to present the Modernity / Coloniality / Decoloniality (MCD) group. Then, the proposals elaborated by Oliveira and Queiroz (2013, 2015, 2017) on Education in Sciences from the perspective of Human Rights Education were analyzed, pointing out to which senses they have converged or diverged with the decolonial theoretical formulations. Based on the analyses, we conclude that there are possible dialogues to be established between fields at stake. Since the works of Oliveira and Queiroz stand politically alongside those who have been historically marginalized, fomenting the construction of a counter-hegemonic education. Despite that, the authors do not directly confront the school education model, and this would be one of the frontiers to be broken for a decolonial practice.