Este artigo visa esclarecer a união de saberes e a abordagem pedagógica. Para estabelecer uma comunidade acolhedora, é fundamental reconhecer a pluralidade como um aspecto benéfico que enriquece as práticas de ensino, assegurando oportunidades equitativas através da formação de espaços seguros, democráticos e justos. Para isso, é essencial que a educação promova comportamentos positivos em relação à inclusão. A ideia de educação inclusiva emergiu nos anos 80, resultado da luta de mães de crianças com deficiências e dos próprios afetados, com a intenção de desmantelar a noção de que somente a educação especial poderia suprir as demandas desses estudantes. O movimento pleiteou a inserção desse grupo no sistema educacional convencional. Esse processo foi denominado de integração escolar, unindo educação especial e regular para disponibilizar serviços e recursos que atendam às particularidades e necessidades de todos os estudantes. Nos anos 90, o crescimento da imigração e do multiculturalismo trouxe novos desafios para o sistema educacional. Em decorrência, a união de saberes começou a ser reconhecida como um movimento mais abrangente, que procura responder a todas as necessidades educacionais individuais, independentemente da origem cultural, étnica ou socioeconômica.