Educação na cidade: territorialidade e corporeidade como dimensões do processo de apropriação e usufruto cultural

Paidéia

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ISSN: 1676-9627 (impressa); 2316-9605 (on-line)
Editor Chefe: Profa. Maysa Gomes
Início Publicação: 01/01/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

Educação na cidade: territorialidade e corporeidade como dimensões do processo de apropriação e usufruto cultural

Ano: 2012 | Volume: 9 | Número: 13
Autores: Andréia Menezes de Bernardi
Autor Correspondente: Responsável pela publicação Paidéia - Profa. Augusta Aparecida Neves de Mendonça | [email protected]

Palavras-chave: territorialidade, corporeidade, apropriação cultural

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O pressuposto de que práticas educativas em direção ao urbano possam potencializar a apropriação cultural nas cidades está no cerne da pesquisa ora apresentada. Tendo como cenário a cidade de Belo Horizonte-MG e como locus o Programa Escola Integrada, da Secretaria Municipal de Educação, apreciou-se a ressignificação de territórios educativos tanto constritos quanto expandidos, demandando redimensionamento do que seja educar para o direito à memória e ao usufruto da cultura. Nesse contexto, a territorialidade se delineou como formas específicas de deslocamento e criação de laços sociais, postas em prática pelas escolas. A dimensão corporeidade emergiu da observação dos corpos/sujeitos, que, ao se movimentarem pela cidade, se identificam com e se diferenciam dos múltiplos sujeitos e lugares, visualidades e ambiências, nutrindo processos de construção de identidades e subjetividades no contato com o urbano, transformando-o poética e politicamente. A territorialidade e a corporeidade são apresentadas entrelaçadas nas práticas dos sujeitos da pesquisa – professores, estudantes e comunidades – como possíveis dimensões da apropriação cultural baseadas na experiência, na criação de afetos e na significação de lugares.



Resumo Inglês:

The assumption that educational practices within an urban center can enhance cultural appropriation in cities is at the core of this research. Using the city of Belo Horizonte, Minas Gerais as a backdrop and the Municipal Secretary of Education’s Integrated School Program as a locus, the new meaning of educational territories, whether constricted or expanded, was better appreciated, requiring that what it is to educate the right to memory and cultural enjoyment be redimensioned. Territoriality, in this context, is delineated as specific forms of movement and the creation of social ties as implemented by the schools. The corporeal dimension has emerged from the observation of bodies/subjects that, as they move through the city, identify with and distinguish themselves from multiple subjects and places, visualities and environments, nourishing the process of building identities and subjectivities in contact with the city that poetically and politically transforming it. Territoriality and corporeality are presented as intertwined practices of the research subjects – teachers, students, and communities - as possible dimensions of cultural appropriation based on experience, thereby creating attachments and meaning to places.



Resumo Francês:

L’hypothèse que les pratiques éducatives vers l'urbain peuvent améliorer l’appropriation culturelle dans les villes est au cœur de la recherche ici présentée. Ayant la ville de Belo Horizonte-MG comme toile de fond, et comme locus le “Programme École integré” du Secrétariat municipale de l’éducation, il a eté apprécié le nouveau sens de territoires éducatifs si gênée, comme élargi, en exigeant le redimensionnement de ce qui est éduquer pour le droit à la mémoire et jouissance de la culture. Dans ce contexte, la territorialité est décrit comme des formes spécifiques de déplacement et la création de liens sociaux, mis en œuvre par les écoles. La dimension corporelle a émergé de l’observation des corps/ sujets, que lors du déplacement à travers la ville, s’identifient avec et deviennent différent de multiples sujets et lieux, les visualités et les ambiances, nourrissant des processus de construction des identités et des subjectivités en contact avec l’urbain, en les transformant poétique et politiquement. La territorialité et la corporéité sont présentés entrelacés dans les pratiques des sujets de la recherche – les enseignants, les étudiants et les communautés – commes les possibles dimensions d’appropriation culturelle fondées sur l’expérience, la création d’émotions et dans les sens des lieux.