EDUCAÇÃO SEXUAL EM TEMPOS PANDÊMICOS: analisando narrativas docentes e experiências curriculares na docência em Ciências e Biologia

Revista Espaço do Currículo

Endereço:
Via Expressa Padre Zé - S/N - Cidade Universitária
João Pessoa / PB
58900-000
Site: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec
Telefone: (83) 3043-3170
ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

EDUCAÇÃO SEXUAL EM TEMPOS PANDÊMICOS: analisando narrativas docentes e experiências curriculares na docência em Ciências e Biologia

Ano: 2022 | Volume: 15 | Número: 3
Autores: E. Gonçalves, R. C. N. Borba
Autor Correspondente: E. Gonçalves, | [email protected]

Palavras-chave: Currículo, Educação em Ciências, Sexualidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo reflete sobre experiências e práticas docentes direcionadas à educação sexual produzidas por professoras de Ciências e Biologia em escolas públicas mineiras ao longo do período pandêmico. A pesquisa, de viés qualitativo, teve sua empiria produzida a partir de entrevistas feitas com docentes, almejando interpelar e matizar prescrições curriculares contidas em documentos oficiais e legislações. Debate-se que imposições curriculares restringiram a autonomia docente e erigiram desafios à abordagem da temática. Discute-se o cenário conservador que pressiona a docência e gera constrangimentos ao trabalho pedagógico sobre corpo humano, saúde, gêneros e/ou sexualidades que escapa de um viés biomédico, higienista e comportamentalista. Ademais, as oportunidades inventadas com as tecnologias de informação e comunicação esbarraram na exclusão digital e na vulnerabilidade socioeconômica dos estudantes. Conclui-se que apesar das professoras resistirem e insistirem na construção de estratégias didáticas voltadas à promoção educação sexual, entraves estruturais e conjunturais foram empecilhos para processos de ensino e aprendizagem plurais e inclusivos.



Resumo Inglês:

The paper discusses about teaching experiences and practices aimed at sex education produced by science and biology teachers in public schools in Minas Gerais during the pandemic period. The qualitative research had its empirical produced from interviews with teachers aiming to challenge and to variegatecurricular prescriptions contained in official documents and legislation. It is debated that curricular impositions restricted teaching autonomy and raised challenges to the approach to the theme. The conservative scenario that puts pressureon teaching and generates constraints to pedagogical work on the human body, health, genders and/or sexualities that escapes a biomedical, hygienist and behaviorist bias is discussed. Furthermore, the opportunities created with information and communication technologies collided with the digital exclusion and socio-economic vulnerability of students. It is concluded that despite the teachers resisting and insisting on the construction of didactic strategies aimed at promoting sex education, structural and conjunctural obstacles were obstacles to plural and inclusive teaching and learning processes.



Resumo Espanhol:

El artículo reflexiona sobre experiencias y prácticas de enseñanza dirigidas a la educación sexual producidas por profesores de Ciencias y Biología en escuelas públicas de Minas Gerais durante el período de la pandemia. La investigación, de sesgo cualitativo, tuvo su producción empírica a partir de entrevistas con profesores, con el objetivo de cuestionar y matizar las prescripciones curriculares contenidas en los documentos oficiales y la legislación. Se debate que las imposiciones curriculares restringieron la autonomía docente y plantearon desafíos para el abordaje del tema. Se discute el escenario conservador que presiona la docencia y genera constricciones al trabajo pedagógico sobre el cuerpo humano, la salud, los géneros y/o las sexualidades que escapa a un sesgo biomédico, higienista y conductista. Además, las oportunidades creadas con las tecnologías de la información y la comunicación chocaron con la exclusión digital y la vulnerabilidad socioeconómica de los estudiantes. Se concluye que a pesar de que los docentes resistieron e insistieron en la construcción de estrategias didácticas encaminadas a promover la educación sexual, los obstáculos estructurales y coyunturales obstaculizaron los procesos de enseñanza y aprendizaje plurales e inclusivos.