Em torno da guerra e do pacifismo

Revista de Psicologia

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ISSN: 2179-1740
Editor Chefe: Cassio Adriano Braz de Aquino
Início Publicação: 26/01/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

Em torno da guerra e do pacifismo

Ano: 2012 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: B. B. Fuks
Autor Correspondente: B. B. Fuks | [email protected]

Palavras-chave: guerra, pacifismo, narcisismo das pequenas diferenças, política

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo apresenta algumas das principais reflexões de Freud sobre os temas da guerra e do pacifismo. Partindo do texto “Da guerra e morte. Temas da atualidade”, escrito durante a Primeira Guerra Mundial, a autora mostra de que modo Freud estabeleceu a incursão da psicanálise no campo da política e de que modo esta conexão exige do analista manter sua escuta voltada para a singularidade contemporânea. Conclui que em relação a dimensão catastrófica do psiquismo, que podemos observar hoje, por exemplo, na passagem ao ato violento; na delinqüência; na toxicomania; no totalitarismo que se coloca acima da lei e no fundamentalismo como instrumento da lei divina etc, importa salientar que a existência desses novos modos de expressão dos sintomas, põe à prova o devir da psicanálise. Lança, por fim, a aposta: o futuro da psicanálise depende da responsabilidade do analista em manter seu trabalho voltado à dinâmica psíquica do sujeito, individual ou coletivo, sem abrir mão do rigor dos conceitos freudianos.



Resumo Inglês:

The article presents some of the main reflections of Freud on the themes of war and pacifism from the text “About war and death. Current topics”, written during the First World War, the author shows how Freud included psychoanalysis in politics and how this connection requests from the analyst the maintainance of his atention facing the singular contemporaneity. It concludes that for catastrophic dimension of the psyche, we can observe today, for example, in switching to the violent act, in delinquency, in drug abuse; in totalitarism that stands above the law and fundamentalism as an instrument of divine law etc, it should be noted that the existence of these new modes of expression of symptoms tests the becoming of psychoanalysis. There is, finally, a bet: the future of psychoanalysis depends on the analysts’ responsibility to keep their work focused on the individual or collective subject of psychic dynamics, without sacrificing the rigor of Freudian concepts.