O artigo, parte de uma tese de doutorado defendida em 2018 no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia, defende que apesar de a disciplina escolar Biologia e de os cursos de formação docente em Ciências Biológicas serem, em geral, demarcados pela ideia da organização, da classificação, das representações anatómo-fisiológicas e genética do que pode ser entendido como masculino e feminino, é possível que outros modos, ideias, demarcações, sejam pensados e vividos nessa disciplina e na realização desses cursos. Neste trabalho, cuja pesquisa inicial está inserida no campo dos estudos que entrelaçam gênero, corpo, transexualidade e ensino de Biologia, apresenta-se análises e um diálogos-entrevista com docente de Biologia da rede pública do Estado de Minas Gerais. Configuramos enfrentamentos e dificuldades para com a ruptura de modelos duros do ensino de Biologia. Ao final, apontamos que outro ensino e outra educação em biologia são possíveis.