Ensino de filosofia frente aos desafios da Escola Sem Partido

Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade

Endereço:
Rua Silveira Martins - Cabula
Salvador / BA
41150-000
Site: http://[email protected]
Telefone: (91) 9804-9827
ISSN: 2358-0194
Editor Chefe: Elizeu Clementino de Souza
Início Publicação: 09/02/2021
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

Ensino de filosofia frente aos desafios da Escola Sem Partido

Ano: 2020 | Volume: 29 | Número: 58
Autores: OLIVEIRA, Webert Ribeiro de. SANTOS, Luciano Costa.
Autor Correspondente: OLIVEIRA, Webert Ribeiro de | [email protected]

Palavras-chave: Ensino de filosofia. Escola Sem Partido. Ética da alteridade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é repensar o ensino de filosofia à luz de uma reflexão crítica sobre o movimento Escola Sem Partido. Com base no pensamento de Paulo Freire, colocamo-nos diante de um horizonte de alteridade ética, de inspiração utópica, que toma o educando como principal razão de ser da aprendizagem. As narrativas do movimento Escola Sem Partido, por sua vez, quando recorrem à postura acrítica de neutralidade axiológica no ambiente escolar, agem sob o pressuposto de que os valores da família tradicional se encontram ameaçados pela ideologia de gênero. A censura à diversidade resulta no delineamento de uma única concepção política. Assim, as narrativas jurídicas e persecutórias do movimento Escola Sem Partido acabam produzindo um reforço da educação bancária. Não obstante, o bom ensino de filosofia requer a criação do saber em uma mediação cognitiva, aberta e dinâmica, entre sujeitos cognoscentes e fenômenos cognoscíveis. Na busca da dimensão ontológica do humano, à luz da pedagogia de Freire, encontramos no método dos círculos de cultura um desejo de democratização da palavra, constituindo como fonte de sentido o compartilhamento do poder através da participação consciente.



Resumo Inglês:

The aim of this article is to rethink the teaching of philosophy in the light of a critical reflection on the School Without Party movement. Based on the thought of Paulo Freire, we are faced with a horizon of ethical otherness, of utopian inspiration, which takes the student as the main raison d’être of learning. The narratives of the Escola Sem Partido movement, in turn, when they resort to the uncritical stance of axiological neutrality in the school environment, act under the assumption that the values of the traditional family are threatened by gender ideology. The censorship of diversity results in the outline of a single political conception. Thus, the legal and persecutory narratives of the Escola Sem Partido movement end up reinforcing banking education. Nevertheless, good teaching of philosophy requires the creation of knowledge in a cognitive, open and dynamic mediation, between knowing subjects and knowing phenomena. In the search for the ontological dimension of the human, in the light of Freire’s pedagogy, we find in the method of cultural circles a desire to democratize the word, constituting the sharing of power through conscious participation as a source of meaning..



Resumo Espanhol:

El objetivo de este artículo es repensar la enseñanza de la filosofía a la luz de una reflexión crítica sobre el movimiento Escuela Sin Partido. Basado en el pensamiento de Paulo Freire, nos enfrentamos a un horizonte de alteridad ética, de inspiración utópica, que toma al estudiante como la principal razón de ser del aprendizaje. Las narrativas del movimiento Escuela Sin Partido, a su vez, cuando recurren a la postura acrítica de neutralidad axiológica en el entorno escolar, actúan bajo el supuesto de que los valores de la familia tradicional están amenazados por la ideología de género. La censura de la diversidade da como resultado la delineación de una concepción política única. Así, las narrativas legales y persecutorias del movimiento Escuela Sin Partido terminan reforzando la educación bancaria. Sin embargo, una buena enseñanza de la filosofía requiere la creación de conocimiento en una mediación cognitiva, abierta y dinámica, entre sujetos y fenómenos de conocimiento. En la búsqueda de la dimensión ontológica del ser humano, a la luz de la pedagogía de Freire, encontramos en el método de los círculos culturales un deseo de democratizar la palabra, constituyendo el intercambio de poder a través de la participación consciente como fuente de significado.