A educação inclusiva defende a igualdade de ensino entre os indivíduos e conjuga diversas mudanças nas diretrizes educacionais, a fim de proporcionar oportunidades justas e amplas a todos. Atualmente, existe a sensibilização e o conhecimento sobre os alunos com necessidades especiais que devem ser obrigatoriamente atendidos, assim como todos os alunos regulares das escolas. Considerando que o entendimento de conceitos da área de Ciências da Natureza e Matemática e suas tecnologias apresentam significativa dificuldade, posto que naturalmente requeira uma capacidade de abstração significativa do aluno e/ou usa metodologias com extensivo acervo visual, o nosso objetivo foi realizar uma revisão teórica sobre a confecção de materiais didáticos inclusivos que tem como auxiliar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos como um todo, incluindo aqueles com cegueira ou deficiência visual na compreensão das diferentes áreas de conhecimento incluindo a ciência e tecnologia. O trabalho foi realizado através de uma pesquisa teórica, na qual se privilegiou a ligação entre os critérios de atualidade e generalidade, procurando produzir uma reflexão sobre a produção dos recursos didáticos utilizados nas salas de aulas. As palavras chave inclusão, cegueira, recursos didáticos e biologia foram utlizados nos sites de busca Medline, Scielo, Portal Capes e Bireme. Os resultados encontrados mostram que os materiais didáticos táteis voltados para a inclusão de alunos com cegueira ou baixa visão são raros ou mesmo ausentes e ainda carecem da compreensão do contexto inclusivo, pois são, em sua maioria, exclusivos para estes alunos, o que não estimula ou mesmo evita a participação dos outros alunos durante o processo de aprendizagem, seja por falta de apelo visual ou por sua individualidade intrínseca. Os preceitos principais da inclusão que prediz a questão da participação do aluno com necessidade especial visual em sua própria comunidade escolar, o que não deve se limitar à partilha de espaços físicos comuns , mas também na busca da produção constante de materiais e métodos educativos inclusivos que possam facilitar o seu aprendizado. Palavras-chave: cegueira, educação inclusiva, recursos didáticos, ensino.
Inclusive education advocates equality of teaching among individuals and combines several changes in educational guidelines in order to provide fair and ample opportunities to all. Currently, there is awareness and knowledge required to be met regarding students with special needs, as well as all children of regular school system. Considering that the understanding of concepts in the area of Sciences of Nature and Mathematics and their technologies present significant difficulty, since it naturally requires significant abstraction capacity from the student and / or the utilization of methodologies with extensive visual collection, our goal was to conduct a literature review on the making of inclusive teaching materials whose objective is complementing the teaching-learning process of students as a whole, together with those with visual impairment or blindness, in understanding the different fields of knowledge, including science and technology. The study was conducted through a theoretical research which favored the connection between the present time and general criteria, seeking to produce a reflection on the production of teaching resources used in the classroom. The keywords: inclusion, blindness, learning resources and biology were utilized in the sites Medline, SciELO, Capes Portal and Bireme. The results show that tactile teaching materials aimed at the inclusion of students with blindness or low vision are rare or even absent and still lack the understanding of inclusive context, since they are, for the most part , made exclusively for these students, which does not stimulate and even prevents participation of other students during the learning process, either for lack of visual appeal or for their intrinsic individuality. The main principles of inclusion, that predicts the issue of participation of students with special visual needs in their own school community, which should not be limited to the sharing of common physical spaces, but also to the pursuit of constant production of inclusive materials and educational methods that can facilitate their learning.