Neste texto, abordo a educação construÃda e vivenciada no Quilombo Brotas, caracterizada pela tradição e a oralidade, e pelas experiências escolares, que não dialogam com a realidade histórica, territorial e identitária do grupo. Apresento uma tentativa escolar de aproximação com este grupo étnico-racial, visando à implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola (BRASIL, 2012), e analiso a proposta diante da reação das crianças quilombolas. Por fim, problematizo o significado de um currÃculo voltado para o diálogo entre escola e quilombos, a inserção de outros saberes e histórias na perspectiva da educação escolar quilombola, e a construção de uma educação para as relações étnico-raciais.