Entrevista com Marco Lucchesi

Cadernos de Tradução

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ISSN: 21757968
Editor Chefe: Andréia Guerini
Início Publicação: 31/08/1996
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras

Entrevista com Marco Lucchesi

Ano: 2000 | Volume: 1 | Número: 6
Autores: Cadernos de Tradução
Autor Correspondente: Cadernos de Tradução | [email protected]

Palavras-chave: Entrevista, Tradução, Marco Luchesi

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Marco Lucchesi é um exemplo do poder da vontade de fazer cultura, mesmo em tempos pouco propícios. Aos 37 anos, exibe uma obra invejável, fruto de um esforço permanente de produção em várias áreas. Professor de literatura italiana na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lucchesi é um intelectual de vasta leitura e obra múltipla. Como o saudoso Otto Maria Carpeaux, transita pelas principais literaturas européias, incluindo a russa. Como criador, publicou vários livros de poesia, em português e italiano, entre eles Poemas reunidos (Record, 2001) e tem no prelo um romance. Tem participado ativamente do debate cultural através de resenhas e notas na imprensa, material este que foi recolhido em O sorriso do caos, onde mostra a sua argúcia crítica e seu conhecimento não apenas da literatura, mas das artes e da música. Seu interesse pelo misticismo e pela literatura árabe, levou-o a repetidas viagens pelo mundo muçulmano, de que resultou o livro Os olhos do deserto, onde se mesclam memórias de viagem e meditação poética. Lucchesi, atual diretor da revista Poesia sempre, da Biblioteca Nacional, foi responsável também pela edição de dois importantes clássicos da literatura italiana: Jerusalém Libertada (Topbooks, 1998) e Giacomo Leopardi – poesia e prosa (Nova Aguilar, 1996). Como tradutor, Lucchesi pertence a essa nova geração que, tendo assimilado a poética tradutória concretista, ensaia passos próprios nos mais diferentes gêneros e autores. Assim, traduziu romances de Primo Levi e Umberto Eco, e enfrentou, também vitoriosamente, a selva escura da Scienza Nuova, de Vico, e as sutilezas e ambigüidades de uma série de poetas extraordinários como Rûmî, San Juan de la Cruz, Hölderlin e Khliébnikov.