No momento atual, os sujeitos e/ou grupos colocados em situação de subalternidade, ou seja, os negros, os afro-descendentes, as comunidades indígenas, as mulheres e os homossexuais, passam por um processo de re-valorização e suas identidades culturais. No que diz respeito aos afrodescendentes, entendemos que nos encontramos no início de um movimento que demandará ainda muita luta para romper com o preconceito e com a exclusão a que esta população tem sido historicamente submetida. Nesse bojo, sendo a escola uma instituição socialmente contextualizada, é de se esperar que sua prática cotidiana adquira contornos muito próximos daqueles experimentados em contextos sociais mais amplos. Isto faz com que no âmbito da educação tenham surgido perguntas quanto à forma como a escola lida com a questão das diferenças. mais especificamente com a cultura negra. Com o propósito de contribuir com o debate acerca dessa questão, o presente artigo toma a relação entre escola, cultura e relações étnicas como objeto de análise. A partir do estudo teórico sobre o tema, pode-se inferir que a efetivação de práticas pedagógicas politicamente comprometidas com a inclusão passa pela busca de afirmação da cultura negra pela escola.