Este artigo descreve o processo de formação docente em Educação Sexual da rede municipal de ensino de Goiânia (1990 a 2000), a partir das (re)memórias das/o profissionais, e analisa os efeitos produzidos no contexto escolar. Para isso, foram realizados levantamentos e análises de materiais didático-pedagógicos produzidos e grupo focal. As análises mostram que os investimentos para tratar o tema no processo de formação docente visavam “sanear” os corpos escolares, por meio da prescrição de uma sexualidade “saudável”. Mostram também que essa lógica biologicista possibilitou investimentos pessoais e parcerias que produziram outros saberes sobre o corpo, ecoando na resistência de vozes atuantes em seus espaços de trabalho.
The study describes the process of teacher education in Sexual Education of the municipal education system of Goiânia (1990 a 2000), from the (re)memories of the professionals, and analyzes the effects produced in the school context. For that, surveys and analyzes of didactic-pedagogical materials produced and focal group were carried out. The analyzes show that the investments to treat the theme in the process of teacher training aimed at "cleaning up" school bodies, through the prescription of a "healthy" sexuality. They also show that this biological logic enabled personal investments and partnerships that produced other knowledge about the body, echoing in the resistance of working voices in their work spaces.
El estudio describe el proceso de formación docente en Educación Sexual de la red municipal de enseñanza de Goiânia (1990 a 2000), a partir de las (re)memorias de las/los profesionales, y analiza los efectos producidos en el contexto escolar. Para eso, se realizaron levantamientos y análisis de materiales didácticopedagógicos producidos y grupo focal. Los análisis muestran que las acciones para tratar el tema en el proceso de formación docente pretendían "sanear" los cuerpos escolares, por medio de la prescripción de una sexualidad "saludable". Muestran también que esa lógica biologicista posibilitó compromisos personales y alianzas que produjeron otros saberes sobre el cuerpo, haciendo eco de la resistencia de las voces actuantes en sus espacios de trabajo.